O Ciclo de Encontros com o Património encerra esta quinta-feira, pelas 18h00, no Museu D. Diogo de Sousa, em Braga, com mais uma ‘Conversa no Museu’, desta vez Intitulada ‘Do outro da cortina: do ouro etrusco à união impossível’.
Dinamizada por Rui Morais da Universidade do Porto, arqueológo e reconhecido especialista internacional em arqueologia do período clássico, abordada mais elementos da colecção Bühler-Brockhaus, de que se destacam as peças de ourivesaria em ouro de excepcional qualidade artística.
Estes tipos de jóias, de produção etrusca e helenística, faziam parte do mobiliário funerário das tumbas principescas, junto com outros objectos de luxo. Irão ainda ser considerados duas peças em bronze: um capacete apulo-coríntio, um dos elementos mais importantes da panóplia das hoplitas, e uma cista destinada a guardar objectos de adorno feminino e da higiene corporal.
Como peça de excepcional qualidade artística, rara entre nós, irá destacar-se uma placa em osso esculpida em relevo com o herói máximo da cultura grega, Héracles, representado com os seus atributos habituais, a clava e a famosa pele do Leão de Nemeia.
O colar em ouro laminado, com pérolas e bulae com máscara de divindade etrusca; a coroa em ouro com placas laterais decoradas com três personagens mitológicas: Apolo, Mársias e Pã; um par de brincos em ouro com uma Vitória Alada; o Elmo Apulo-Corinto; a cista com tampa; a placa de osso decorada com a figura de Héracles são outras das peças a abordar.
Esta série de sessões sem aludir a uma das obras mais magníficas de toda a colecção Bühler-Brockhaus, um excepcional mosaico policromado de origem oriental que ilustra o tema do casamento de Hipodâmia e Pélops.
VIAGEM NO TEMPO
As Conversas no Museu permitiram, sublinham a organizadora, a cargo da Fundação Bracara Augusta, em parceria com o Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, e a Direcção Regional de Cultura do Norte, “uma incrível viagem no tempo e pelo mediterrâneo antigo, suportada cientificamente, pelas principais peças da colecção, procedentes da Antiguidade Clássica, e que colocam o Museu ao nível de museus internacionais com peças desta natureza”.
Este é o culminar de uma série de sessões que promoveram apresentação comentada da colecção Bühler-Brockhaus aos munícipes, aos estudantes e, de um modo geral, a todos os cidadãos, cujo número de assistência tem vindo a aumentar.
“Este é um desígnio que a Fundação, entende, pode desempenhar no futuro: da investigação e da divulgação do valioso espólio patrimonial de Braga, com foco, neste caso, no acervo patrimonial e expositivo dos museus”, refere a entidade.
As inscrições são limitadas ao máximo de 20 pessoas, a confirmar para fba@cm-braga.pt, sendo a iniciativa transmitida em directo na página de facebook da Fundação Bracara Augusta e do Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa.