A Associação Empresarial do Minho (AEMinho), com sede em Braga, pediu aos seus associados que não façam negócios com instituições e empresas russas para pressionar o Governo de Putin a parar com a invasão da Ucrânia.
Em comunicado, o organismo anuncia, também, a criação de programas de apoio a cidadãos ucranianos, criando uma plataforma de oferta de oportunidades de emprego e lançando uma campanha de angariação de fundos.
“Somos a apelar aos nossos associados e à comunidade empresarial em geral que tenha relações comerciais com a Rússia enquanto país, com as suas instituições ou com agentes económicos russos, que cesse de forma imediata essas relações de forma a exercer pressão sobre o governo de Moscovo para que pare imediatamente este ataque vil e infundado”, refere a AEMinho, presidida por Ricardo Costa
Para a associação “é imperativo isolarmos economicamente a sociedade empresarial russa para que isso seja um catalisador de desenvolvimento de acções que nos levem à paz”.
A AEMinho considera, ainda, que a invasão à Ucrânia é “ilegal, imoral, humanamente inqualificável de uma nação” e “frontal e fortemente repudiada por esta associação, pelos seus dirigentes e pelos seus membros”.
“Este é o tempo de assumirmos o que queremos para a humanidade, que caminhos queremos seguir e que valores queremos preservar. Não há lugar no século XXI para quem não respeita a integridade das fronteiras, para quem não preserva e se bate pelos valores da paz e da defesa de valores elementares como o direito à vida. Não há lugar na comunidade internacional, como não deve haver lugar em Portugal”.
APOIO A CIDADÃOS UCRANIANOS
Assim, além do boicote económico à Rússia, a AEMinho vai “implementar, com efeitos imediatos, duas acções concretas” para ajudar a Ucrânia e os cidadãos ucranianos: “Lançaremos uma plataforma de oferta de oportunidades de emprego em associados da AEMinho, mas que está acessível à comunidade empresarial em geral. Nela, os empresários podem colocar de forma simples e rápida as suas ofertas de emprego
Sobre a angariação de fundos, o organismo diz será feita em parceria com a Cruz Vermelha Portuguesa, de forma a angariar “os recursos em maior quantidade possível” e fazê-los “chegar rapidamente à Ucrânia para fazer face às necessidades”.