Os dois fuzileiros que admitiram ter participado nas agressões que custaram a vida ao agente da PSP Fábio Guerra garantiram ter agido “em legítima defesa” contra um grupo que lhes fez uma “espera” à porta da discoteca Mome, em Lisboa.
No grupo constariam os quatro polícias que acabaram por ser agredidos – apontaram ainda que um terceiro elemento, um civil, terá sido o responsável pelos pontapés que provocaram as graves lesões cerebrais” que mataram o agente Guerra, de 26 anos. O terceiro elemento já terá sido identificado pela Polícia Judiciária, mas ainda não foi detido.
A versão dos fuzileiros contradiz a versão que a PSP comunicou através do Gabinete de Imprensa da Direcção Nacional e que referiu que os agentes intervieram para pôr fim a uma desordem, após o qual terão sido violentamente agredidos.
Segundo o ‘Expresso’, os fuzileiros terão entrado em contacto com o comandante directo para assumir a participação nas agressões e receberam ordens para se apresentar na Base do Alfeite, onde ficaram retidos e estão disponíveis para prestar declarações às autoridades civis.
As agressões aos quatro agentes da PSP por um grupo de cerca de quatro a cinco homens, todos já identificados, entre os quais os dois fuzileiros, aconteceram pelas 06h30 de sábado.
A PSP realizou esta segunda-feira um minuto de silêncio em memória do agente morto a quem elogiou a “coragem”: “O agente Fábio Guerra honrou, até às últimas consequências, a sua condição policial e o seu juramento de ‘dar a vida, se preciso for’, num gesto extremo de generosidade e sentido de missão. Disso nunca nos esqueceremos”.
Com Multinews