A Câmara de Braga pretende reduzir as emissões de CO2 em pelo menos 55% até 2030 e atingir a neutralidade carbónica em 2050, anunciou esta quarta-feira o presidente da autarquia na apresentação do Plano de Acção Energia Sustentável e Clima (PAESC).
Este “novo e mais ambicioso” objectivo em matéria de sustentabilidade energética objectivo surge depois da Câmara em 2014 ter assumido o compromisso de apoiar a implementação da meta de 40% de redução dos gases com efeito de estufa até 2030.
Segundo Ricardo Rio, a revisão das metas teve em conta a estratégia para o desenvolvimento sustentável e o percurso já desenvolvido pelo município. “Desta forma, esperamos acelerar a neutralidade carbónica do território de forma equitativa e sustentada”, afirmou o autarca, notando que Braga “é um dos primeiros municípios a estabelecer esta meta e a apresentar um roteiro para a descarbonização”.
Ricardo Rio, que é embaixador português do Pacto dos Autarcas Energia e Clima, salientou que Braga “tem desenvolvido estratégias e acções para a promoção da sustentabilidade energética e climática no território, procurando desta forma contribuir de forma significativa para a preservação dos recursos naturais minimizando os impactes no meio ambiente”.
No âmbito do PAESC, são agora definidas várias medidas de sustentabilidade, cuja implementação permite cumprir o compromisso assumido com a assinatura do Pacto de Autarcas pelo Clima e Energia e alcançar os objectivos estratégicos municipais, nomeadamente, 55% de redução dos gases com efeito de estufa até 2030.
“A implementação das soluções propostas deve responder ao desagravamento da intensidade energética e carbónica, e à articulação das soluções orientadas para redução da intensidade energética e de emissões de gases com efeito de estufa, promovendo, assim, a melhoria da qualidade de vida, da sustentabilidade, da competitividade da economia e da igualdade de oportunidades”, afirmou.
Acompanhado por Altino Bessa, vereador do Ambiente, o autarca recordou, contudo, que para alcançar as “metas ambiciosas” a que o município se propõe “é essencial a mobilização da iniciativa pública e privada, em torno dos objectivos de melhoria da sustentabilidade energética e climática”.
Esta mobilização, acrescentou, é necessária, sobretudo, no que diz respeito ao reforço da competitividade e inovação dos mercados de serviços energéticos e à participação da população e dos tecidos sociais, institucionais e económicos no cumprimento de metas de redução da intensidade energética e de emissão de gases com efeito de estufa no domínio de abrangência.
O PAESC pretende alavancar mais iniciativas na área da sustentabilidade, promovendo a mobilização de recursos, por forma a construir um território cada vez mais inclusivo e sustentável.
“Braga deseja, assim, incentivar iniciativas públicas e privadas para a melhoria da sustentabilidade energética, aumentando a participação da população e dos agentes sociais no cumprimento das metas de redução de energia e de redução das emissões de gases com efeito de estufa”, resumiu Rio.