O presidente da Câmara de Braga afirmou esta segunda-feira que o Bus Rapid Transit (vulgo metrobus) estará a circular na cidade até ao final do actual mandato, adiantando que o Portugal 2030 disponibilizará 100 milhões de euros para o projecto.
“Teremos com certeza [o metrobus a funcionar] até ao final do mandato [finais de 2024, inícios de 2025]. Estamos a cumprir cada uma das etapas, há estudos técnicos de diversa natureza que estão a ser realizados e temos indicação de que no Portugal 2030 estará uma verba consignada de 100 milhões de euros”, referiu Ricardo Rio, no final da reunião quinzenal do executivo.
O autarca admitiu que o projecto “não vai deixar toda a gente satisfeita”, porque implicará, desde logo, “congestionamentos para a circulação rodoviária” na cidade.
No entanto, frisou que os custos serão menores que os benefícios, sendo estes últimos traduzidos num “novo modelo de transporte”, mais rápido e mais atractivo para os utilizadores.
Na reunião desta segunda-feira, a Câmara de Braga aprovou a anulação da adjudicação de três empreitadas no domínio da mobilidade urbana, que implicavam um investimento superior a 2,2 milhões de euros.
Essa anulação foi justificada pela passagem, nos locais previstos para aquelas empreitadas, de linhas dedicadas ao metrobus.
Desta forma, o município pretende evitar a duplicação de despesas.
Os vereadores do PS criticaram a “displicência” com que a maioria que governa a Câmara “brinca” com os dinheiros públicos, alertando que a revogação dos contratos pode custar quase 700 mil euros em indemnizações às empresas.
Já a vereadora da CDU, Bárbara Barros, disse não acreditar que o metrobus esteja a circular até ao final do actual mandato, até porque ainda não há projecto nem traçado “definitivos”.
Admitiu que o projecto vai beneficiar a mobilidade na cidade, mas sublinhou que não será o remédio para todos os males, advogando que a solução terá também de passar por um maior investimento nos Transportes Urbanos de Braga.