Ricardo Rio defendeu esta terça-feira a redução da idade legal de voto para os 16 anos. Esta medida, segundo presidente da Câmara de Braga, permitiria aumentar significativamente a importância da voz dos jovens na sociedade.
“Os jovens devem ter uma voz activa na comunidade e na definição das políticas que vão influenciar o seu futuro. O contributo de todos é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e equilibrada, de uma cidade, um país e um mundo melhores”, afirmou o autarca durante a sessão distrital do ‘Parlamento dos Jovens – Ensino Secundário, que teve lugar no Auditório do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ).
Rio explicou que hoje em dia, com o acesso mais generalizado à informação e ao conhecimento que as novas tecnologias permitem, juntamente com as melhorias ao nível do sistema de ensino em Portugal, os jovens estão preparados aos 16 anos para tomarem decisões conscientes e adultas sobre os destinos da sociedade. “É ao mesmo tempo um direito e uma responsabilidade que deveriam ser consagrados aos jovens. Porque se lhes permite usufruir do voto, também é verdade que lhes incute um maior sentido de comprometimento relativamente às escolhas que fazem”, disse.
Por outro lado, realçou o autarca, é preciso fazer um esforço no sentido de incutir nos mais novos os princípios da participação e da cidadania activa. “Só com o envolvimento dos jovens podemos começar a construir um amanhã melhor para as próximas gerações. O alheamento a que demasiadas vezes assistimos entre a juventude e o poder político não beneficia o desenvolvimento do país e leva a que, por vezes, se tomem decisões desfasadas das ambições desse público-alvo. Está na altura de os jovens terem o seu espaço e a sua palavra firme na sociedade, expressos no boletim de voto”, sublinhou.
A iniciativa ‘Parlamento dos Jovens’, que celebra os 20 anos de existência, juntou cerca de nove mil jovens de 33 escolas do Distrito de Braga. Trata-se de uma iniciativa da Assembleia da República, dirigida aos jovens do 2.º e 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário, que culmina com a realização de duas sessões nacionais no Parlamento.