A PSP e a Casa dos Animais de Lisboa procederam ao resgate de 18 gatos que vivam num apartamento em Lisboa, em péssimas condições de segurança e de higiene. Os animais estariam a cargo de uma idosa de 94 anos e da sua filha, de 67 anos.
A 6 de Abril, como revela uma fonte do Programa de Defesa Animal da PSP, pelas 15h00, as autoridades levaram a cabo uma visita à residência onde mãe e filha moravam, por estarem “já provavelmente referenciadas” para situações desta natureza.
Ao entrarem no apartamento, de habitação social, os polícias da PSP deparar-se-iam com 18 gatos que viviam em “condições desastrosas”, rodeados de lixo e privados de acesso a água e comida. As condições de higiene no local eram altamente reduzidas, visto que os animais faziam todas as suas necessidades fisiológicas dentro de casa, informou a fonte contactada pelo Notícias ao Minuto.
A própria Sociedade Protectora dos Animais fez referência a esta caso numa publicação no Facebook, esclarecendo que o resgate dos animais aconteceu no “seguimento de um pedido de apoio” de que teve conhecimento e “após a retirada das pessoas da habitação em que residiam”, que se encontrava “num estado indiscritível”.
“Os gatos, a maioria deles não esterilizados, encontravam-se, à nossa chegada, separados em divisões com muito lixo amontoado, alguns sem acesso a luz natural e muitos sem acesso a comida e água”, pode ler-se ainda na mesma publicação.
ANGARIAÇÃO DE FUNDOS
Uma habitação onde, além do mais, “as fezes estavam espalhadas por todo o lado” e onde se avistavam “milhares de insectos” – sendo que, “num dos quartos, a quantidade de urina era tal, que foi absorvida pelas paredes em quase toda a sua altura”.
No dia seguinte à descoberta destes animais, esclareceu ainda ao Notícias ao Minuto a mesma fonte do Programa de Defesa Animal da PSP, a Casa dos Animais de Lisboa acabaria por proceder à recolha destes 18 gatos – os quais acabariam por ficar à guarda da Sociedade Protectora dos Animais.
Segundo a Sociedade Protectora dos Animais, os 18 gatos resgatados encontravam-se já numa “situação limite” – “doentes, assustados, alguns cegos”, informa a mesma publicação. A entidade é agora a “fiel depositária dos mesmos até à resolução das questões legais inerentes à situação, onde estão bem alojados e a ter acompanhamento médico veterinário”.
A mesma publicação informa que, por enquanto, estes gatos “não estão ainda disponíveis para adopção”, embora exista a esperança de que possam “ser encaminhados para novas famílias o mais rapidamente possível”.
Até lá, e para “conseguir responder às necessidades destes animais”, a Sociedade Protectora dos Animais está a levar a cabo uma angariação de fundos para ajudar a suportar as despesas associadas a estes 18 gatos.