Os gastos mundiais com o armamento superaram os dois mil milhões de dólares pela primeira vez na história. Em 2021, as despesas militares atingiram os 2,1 mil milhões de dólares (cerca de 1,9 mil milhões de euros), um incremento face aos 1,9 mil milhões de dólares registados em 2020 (1,8 mil milhões de euros).
Os Estados Unidos lideram os países que mais investem, seguido pela China, Índia e Rússia.
Como mostram os dados divulgados pelo Instituto Internacional de Estudos para a Paz (SIPRI, na sigla em inglês), o aumento nos gastos de 6,07% é um dos maiores da história. Apenas nos anos de 2002, 2004 e 2009 foram reportados incrementos maiores, embora a cifra nunca tenha ultrapassado os dois mil milhões de dólares.
O ano de 2021 foi o oitavo ano consecutivo de subidas nos gastos com o armamento. Desde 1988, só por uma vez se verificou uma quebra nesta tendência. Em 1995 as despesas com o armamento caíram quase 5%.
“Mesmo face às consequências económicas da pandemia de covid-19, os gastos militares globais atingiram níveis recordes”, frisou Diego Lopes da Silva, investigador sénior do Programa de Gastos Militares e de Produção de Armas do SIPRI.
Os Estados Unidos continuam a ser o país que mais investe em armamento, ocupa a primeira posição nesta lista desde 1988. No entanto, a sua aposta nos gastos militares desceu face a 2020. No ano passado investiu 767,7 mil milhões de dólares (718,6 mil milhões de euros). Uma redução de mais de 10 mil milhões de dólares.
Por outro lado, a ascensão da China prossegue, tendo o gigante asiático consolidado a segunda posição nesta lista. A Índia surge em terceiro lugar e a Rússia está no quarto posto. A Rússia, que está a dois meses envolvida num conflito com a Ucrânia, aumentou as despesas militares em 3%.
Com MultiNews