O III Festival de Guitarra de Braga termina este domingo no Theatro Circo com um concerto, pelas 17 horas, da Orquestra de Cordas Dedilhadas do Minho (OCDM),dirigida pelo maestro Rui Gama.
Dirigido pelo maestro Rui Gama, o concerto conta com a participação de um conjunto alargado de alunos de guitarra clássica, provenientes de escolas do ensino especializado da música do Minho e Galiza. Durante a interrupção lectiva do Carnaval, estes estudantes realizaram no Conservatório Calouste Gulbenkian um estágio de preparação para o concerto, com o apoio e orientação técnico-musical da OCDM.
Com esta componente pedagógica, o Festival pretende assim potenciar os talentos locais, proporcionando-lhes o contacto com projectos musicais de outras proveniências. Esta é, de resto, uma das marcas da iniciativa que, segundo Lídia Dias, vereadora da Cultura do município “orgulha a cidade e vai ao encontro da grande tradição bracarense de produção e divulgação dos instrumentos de corda”.
A diversidade e qualidade performativa marcaram esta terceira edição do festival que arrancou a 11 de Fevereiro com um concerto de Stepan Rak, prestigiada figura do panorama guitarrístico internacional, como interprete e como compositor para guitarra. Outra das presenças de destaque foi a do Duo Zapico, uma formação com uma carreira reconhecida no âmbito da música antiga, concretamente com instrumentos como a teorba e a guitarra barroca.
O festival teve este ano uma presença portuguesa reforçada, materializada pela participação do Quarteto de Guitarras de Lisboa que apresentou um programa composto exclusivamente por obras de compositores portugueses. Destaque também para a presença do guitarrista bracarense, Artur Caldeira, que se apresentou a solo e depois com a sua classe de guitarra do ESMAE, a instituição de ensino superior convidada para esta edição.
A presença portuguesa fica também firmada com a participação da OCDM que fará o concerto de encerramento, o único do festival com ingresso pago.
A OCDM é um projecto peculiar sediado em Braga, que integra músicos de várias cidades minhotas e que, para além do repertório característico de ensemble que trabalha, pretende também desenvolver vários trabalhos performativos com instrumentos tradicionais Minhotos como a viola braguesa, o cavaquinho, o bandolim, entre outros.