A Associação Empresarial do Minho (AEMinho) assinalou esta sexta-feira o seu primeiro aniversário, num evento dedicado à discussão em torno das temáticas da sustentabilidade, do desenvolvimento sustentável e da responsabilidade Social.
A celebração integrou o programa da 5ª. Semana de Economia, da qual a AEMinho era co-organizadora, a par da InvestBraga, e teve lugar na Colunata de Eventos, no Bom Jesus, em Braga.
“Completa-se hoje um ano de um projecto arrojado pelo foco e pela audácia de proporcionar às empresas e instituições um fórum que permita a criação de uma comunidade empresarial coesa, contemporânea e focada nos problemas e desafios do século XXI”, afirmou o presidente da AEMinho, Ricardo Costa,
“Hoje, os empresários do Minho, e não só, têm aqui uma voz respeitada e assente numa estratégia de penetração no poder central mais virada para os resultados do que para a aparência ou visibilidade individual”, acrescentou.
O presidente da associação reforçou a organização baseada num modelo de gestão pragmático, livre e independente, que promova o associativismo e o networking empresarial, visando a “coesão de um tecido empresarial que comunga valores e princípios”.
SUSTENTABILIDADE, O TEMA DO MOMENTO
Partindo do tema central ‘Get Together Around Sustainability’, o evento contou com a presença de personalidades de renome no panorama nacional que promoveram uma série de conversas em torno das temáticas em causa.
Neste sentido, destacaram-se João Brito Martins (E-Redes/EDP), Maria João Coelho (BCSD Portugal), José Palma Oliveira (Universidade de Lisboa), Jorge Cristino, António Carlos Rodrigues (Grupo Casais), Mário Bolota (Banco BIG) e Luís Marques Mendes (advogado, político e comentador português).
Coube ao presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, abrir o painel de conversas congratulando a AEMinho pela escolha das temáticas em debate.
Para o autarca, a questão da sustentabilidade “é o verdadeiro tema do momento” nas suas várias dimensões, não apenas ambiental, mas sobretudo associada à componente de desenvolvimento económico, à de inclusão social e à de governança.
“É um momento crítico para o desenvolvimento dos territórios e as empresas têm esse papel fundamental: assegurar que os seus negócios são também eles amigos desse desenvolvimento sustentável”, afirmou.
“Fico particularmente satisfeito por ver em tantas áreas as empresas da nossa região a serem excelentes exemplos desse mesmo desenvolvimento sustentável, pela preocupação que têm com os seus colaboradores, com o meio ambiente, com a responsabilidade social e com a comunidade. Há muita margem para fazer diferente e melhor em benefício das nossas comunidades”, frisou Ricardo Rio.
MEDIDAS EFECTIVAS
Já o vice-presidente da AEMinho para a Fileira da Sustentabilidade, Luís Roby, garantiu que “queremos medidas que sejam afectivas e que sejam tomadas decisões em prol da sustentabilidade, que se traduzam em soluções alternativas e novas oportunidades para os nossos associados. Temos uma guerra mundial que nos leva a pensar nisto todos os dias e há aqui uma sensibilização por parte das empresas. Mas queremos mais do que isso. Queremos que, todos juntos, possamos contribuir para esta alternativa. É um problema do planeta e, portanto, de todos”.
Segundo Luís Marques Mendes “a sustentabilidade é uma questão nuclear, uma mudança de paradigma essencial na nossa sociedade. É também uma mudança de civilização, uma mudança cultural. Temos que
fazer este caminho, mas não vai ser fácil. Todas as mudanças de paradigma são difíceis e alguns sectores vão sentir mais resistência. A questão já não é saber se temos ou não de seguir o objectivo da sustentabilidade, de combater as alterações climáticas ou de apostar numa economia diferente. A questão é: qual é o ritmo que vamos adoptar nesta mudança?”.
MISSÃO SOCIAL
Apresentar oportunidades de negócio e promover a missão social das empresas, tendo como princípio o desenvolvimento sustentável, ditou a concretização deste evento.
Aproveitando o momento de celebração, o presidente da AEMinho refere a dinâmica que a criação da associação trouxe à realidade minhota.
“Nascemos durante a pandemia, que ainda não terminou, estivemos sem governo e orçamento de estado durante vários meses e vimos iniciar uma guerra na Ucrânia que tudo indica está longe de ver o seu fim. Mesmo com todas estas adversidades conseguimos demonstrar que pode existir uma nova forma de dinamizar o movimento associativo. Somos uma associação independente, livre, que procurou unir os empresários ligando-os entre si. Ao mesmo tempo construímos pontes entre eles a as forças vivas da região – autarquias, CIM’s, instituições de ensino, centros de investigação, organismos do estado – IAPMEI/AICEP/IEFP, etc. – sempre com o objectivo de promover o desenvolvimento económico, social e cultural do nosso país”, conclui Ricardo Costa.