Apesar do trabalho feito, “ainda há muito a fazer” para valorizar o papel da mulher no sector do turismo, afirmou esta terça-feira a secretária de Estado do Turismo na abertura das Jornadas do Turismo do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC).
Aplaudindo o tema escolhido – ‘Mulheres: do not disturb!’-, Rita Marques considera que “é absolutamente fundamental” continuar este trabalho, garantindo que Portugal possa assim “reclamar a viva voz uma liderança não só ao nível da sustentabilidade, do ambiente e da economia, mas também ao nível social”.
Novos públicos, novas carreiras, liderança e empreendedorismo e mudanças e novos desafios foram as temáticas abordadas, na ESTG-IPVC por especialistas, empresários, municípios, docentes e alunos.
As Jornadas de Turismo, organizadas pelo curso de Licenciatura em Turismo da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, destacam um tema “particularmente caro” para a secretária de Estado do Turismo, que acredita no papel que as mulheres podem assumir não só na sociedade, mas também na área do turismo.
“Vivemos tempos de democracia, bem diferentes do passado, mas ainda assim temos grandes desafios pela frente em relação ao papel da mulher na sociedade. Este papel que ainda é difícil, e sofrido em alguns casos, também atinge as mulheres que trabalham no sector do turismo. As mulheres acabam por ocupar funções menos qualificadas e têm grandes dificuldades em conciliar a vida pessoal com a vida profissional”, lamentou a governante, confirmando que “existem poucas mulheres a assumirem funções de liderança no sector e que seriam tão importantes para manter o dinamismo nesta actividade”.
Muitas questões e desafios precisam, ainda nas palavras da secretária de Estado do Turismo, “ser reflectidos e ultrapassados”, sobretudo nesta altura em que “o turismo se assume como factor fundamental na economia portuguesa”.
Quando se fala em sustentabilidade, acredita Rita Marques, estamos a falar “do papel responsável, inclusivo e cuidador que o turismo pode ter na sociedade ao nível ambiental, económico, mas sobretudo ao nível social”.