A Comissão de Ética do Chega suspendeu provisoriamente, por um período de 30 dias, o militante Fernando Silva, actual vereador da Câmara Municipal de Vila Verde, anunciou esta sexta-feira o partido.
“A Comissão de Ética informa que, ao abrigo da Directiva nº3/2020 e do Regulamento Disciplinar, foi aprovada a suspensão provisória do militante Fernando José Dantas Silva por um período de 30 dias”, refere uma publicação oficial no site”« do partido.
A nota acrescenta que “a suspensão provisória do militante tem ainda efeitos quanto a todos os mandatos e funções do visado, bem como quanto à sua capacidade eleitoral activa e passiva”.
Contactado pelo O Vilaverdense/PressMinho, Fernando Silva disse que se trata de uma “perseguição política” que “já vem desde o tempo das Eleições Autárquicas” e assegura que “em momento algum” deixará as funções de vereador até ao final do mandato, porque se recusa a “desistir de lutar pela verdade”.
“Infelizmente, o partido está a impor a lei da rolha e este é um acto de perseguição política. No entanto, quero deixar bem claro que em momento algum irei defraudar e deixar para trás os vilaverdenses, que foram quem me elegeu e me confiou o mandato de vereador. A maior vitória para quem me quer encostar à parede seria que eu desistisse, mas isso não vai acontecer depois de tanta luta e investimento pessoal e monetário. Vou resistir até ao fim”, afirmou.
Fernando Silva sublinhou ainda que os órgãos do Chega resultantes do Congresso de Viseu “ainda não foram ratificados pelo Tribunal Constitucional” e que a Distrital de Braga encontra-se “sem quórum” e “sem legitimidade” para tomar decisões, nomeadamente a sua própria exoneração da liderança da Concelhia de Vila Verde.
“Coloquei um processo em tribunal porque pedi uma acta da Distrital, em que consta a exoneração do senhor José Luís Moreira, que agora dizem ser o coordenador de Vila Verde, mas que ainda não me foi facultada. Isto é claramente uma forma de retaliação”, frisou.
Ricardo Reis Costa (CP 6811 A)