Num momento em que a mobilização parcial decretada por Vladimir Putin gerou vários protestos violentos em várias cidades e levou milhares de cidadãos a fugirem da Rússia para não participarem na guerra na Ucrânia, o presidente russo decidiu refugiar-se num complexo palaciano secreto a meio caminho entre Moscovo e São Petersburgo.
A notícia está a ser avançada por vários media internacionais, baseados em informações apuradas pela jornalista independente russa Farida Rustamova, que cita três fontes próximas da agenda presidencial.
Putin terá viajado para este complexo de luxo, que se situa dentro de uma floresta, na quarta-feira e tem estado a descansar “o seu corpo e alma”, disse Rustamova numa publicação no Telegram.
De acordo com o Daily Mail, a casa onde Putin estará a descansar possui um edifício termal de três andares, onde funciona também uma piscina flutuante, um banho de lama e um salão de beleza.
Há pouca informação acessível ao público sobre a propriedade secreta de Putin, mas, segundo a Fundação Anti-Corrupção, criada pelo activista russo Alexei Navalny, a residência é o escape favorito de Putin.
A organização de Navalny afirma também que a propriedade é parcialmente detida por Yuri Kovalchuk – o bilionário que é descrito como o banqueiro pessoal de Putin.
De acordo com Farida Rustamova, Putin pretende permanecer no complexo até, pelo menos, quinta-feira. A jornalista também afirmou que o presidente russo tinha pré-gravado vários vídeos de reuniões, que a imprensa estatal russa pretende divulgar esporadicamente ao longo da semana, para tentar mascarar a sua ausência do público.
Rustamova disse que Putin partiu para o seu palácio no dia em que anunciou a mobilização militar parcial, numa tentativa de reforçar a invasão vacilante na sequência dos ganhos ucranianos.
A mobilização apenas afectaria russos já com experiência militar, segundo o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, que disse que seriam convocados 300 mil reservistas. No entanto, o próprio decreto tem termos muito mais amplos, semeando entre os russos receios de um recrutamento mais abrangente no futuro, factor que terá sido determinante para o êxodo de russos registado na última semana.
Com CNN Portugal