A família do empresário da construção civil ontem raptado em Braga ainda não foi contactada pelos raptores. Resguardados em casa, em Lamaçães, familiares e amigos próximos aguardam um eventual pedido de resgate e informações que possa esclarecer o móbil do rapto de Paulo Jorge Fernandes, de 43 anos, apurou o PressMinho.
O rapto deixou em estado de choque vizinhos, sobretudo por ter sido testemunhado pela filha da vítima. “Dívidas” e “vingança” são as ‘teorias’ que mais se escutam nos cafés e supermercados da cidade.
O rapto, perpetrado por dois homens encapuzados e armados aconteceu ontem, pelas 20h30, na Avenida Dr. António Palha, em Lamaçães, Braga, onde morava, o empresário, emigrado em França.
O JN adianta que os raptores obrigaram a vítima, Paulo Jorge Fernandes, a entrar para um carro depois de o terem agredido a soco. No chão ficaram vestígios de sangue. Deixaram ficar a filha, de oito anos de idade, que ia com o pai para casa e que, em pânico, se dirigiu à Farmácia de Lamaçães, no rés-do-chão, a pedir a ajuda. O empresário ainda terá tentado chamar um irmão por telemóvel, mas os raptores impediram-no.
No local, compareceu a PSP, a PJ, e o INEM, tendo a Judiciária escutado a versão da menina, enquanto um psicólogo dava assistência aos familiares.
O sogro do empresário disse ao JN que a filha estava separada da vítima, mas que as relações entre ambos eram cordiais: “ele vem a Braga de 15 em 15 dias para estar com a minha neta”, disse, frisando que o considera como a “um filho”. O sogro desconhece as possíveis causas do rapto.
Ao que o PressMinho soube, na madrugada de hoje, e depois de ter pesquisado a zona da garagem do prédio à procura de vestígios que possam levar à descoberta dos raptores, a PJ de Braga e do Porto – neste caso porque os crimes de raptos são investigados por uma brigada especializada da Cidade Invicta- ouviram a ex-mulher do empresário, que poderá ter dado pistas sobre o provável móbil do crime.
FOTOS: Global Imagens
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