A Câmara Municipal de Braga apresenta na reunião de Executivo da próxima segunda-feira a classificação do traje de capotilha como Património Cultural Imaterial de Interesse Municipal, com o de “consolidar o lugar de relevo que esta indumentária tem na cidade e nas suas gentes, uma tradição assumida e orgulhosamente vivida”.
O traje de capotilha é uma manifestação viva da etnografia bracarense, sendo um dos seus elementos mais marcantes. Considerado como o mais emblemático da cidade, com todas as suas variantes, o traje de capotilha tem vindo a assumir uma importância cada vez maior, como é visível nas manifestações culturais participadas pela comunidade.
Ao longo dos anos, esta indumentária tornou-se “um ícone indissociável das Festas de São João de Braga, onde surge frequentemente como elemento figurativo dos cartazes de promoção das mesas, sobretudo pelo traço do Mestre José Veiga, que revia neste traje um dos símbolos da cidade”, como pode ler-se na proposta de classificação.
A par do São João de Braga, o traje de capotilha é ainda utilizado em todos os grupos folclóricos e em eventos culturais diversos, como em exposições e desfiles, facto que demonstra a sua “apropriação pela comunidade bracarense como traje mais identitário do território”.
De referir que, nos próximos meses, a Câmara apresenta ainda um pedido de inventariação do traje de capotilha como Património Cultural Imaterial, “continuando o trabalho de salvaguarda e valorização, acompanhados de um levantamento intenso da documentação histórica e dos testemunhos presentes desta manifestação na actualidade”.