Guimarães, Barcelos, Famalicão e Ponte de Lima são exemplos de concelhos que viram esta segunda-feira cantinas escolares encerradas, avança o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte (FESAHT).
Segundo aquela estrutura sindical, afecta à CGTP-IN, a paralisação para exigir aumentos salariais, estabilidade profissional e horários adequados, provocou o encerramento de mais de 200 cantinas a nível nacional, sendo de destacar a adesão na zona norte do país, onde cerca de 120 refeitórios fecharam.
Falando em à delegação da Associação da hotelaria, restauração e similares de Portugal (AHRESP) no Porto, onde os trabalhadores em greve se concentraram esta segunda-feira, Francisco Figueiredo, da FESAHT, afirmou que “esta é uma resposta brutal que os trabalhadores estão a dar à grande precariedade existente neste sector e também aos baixos salários e à retirada de direitos”.
De acordo com o sindicato, a greve dos trabalhadores das cantinas concessionadas pelo privado em hospitais, escolas, fábricas e serviços registou uma adesão de 90% a nível nacional, com o grande impacto a sentir-se nos refeitórios escolares.
O sindicalista salientou ainda que a AHRESP “apresentou uma proposta aos sindicatos e à FESAT de retirada brutal de direitos, de horários concentrados de doze horas e de salários miseráveis. Eles querem que a esmagadora maioria dos trabalhadores recebam só o salário mínimo nacional”.
No balanço da greve, o dirigente da FESAHT afirmou que, na zona do Porto estão encerradas 59 das 68 cantinas escolares, com implicações junto de cerca de 12 mil alunos.
No total, na zona norte do país estão encerradas cerca de 120 cantinas, de escolas em Guimarães, Barcelos e Famalicão, além do Centro de Formação Profissional do Porto e da cantina da RTP.
Já em comunicado, a estrutura sindical refere que os trabalhadores lutam “pela negociação do contrato colectivo de trabalho, aumentos salariais, valorização das carreiras profissionais, estabilidade no emprego e o fim da precariedade”, bem como pela manutenção do emprego “por parte das câmaras municipais na reversão da exploração do serviço de refeições das cantinas escolares que tem levado a despedimentos, com são os casos de Ponte de Lima, Celorico de Basto, Lamego e Mangualde”.
Fernando Gualtieri (CP 7889 A)