O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, defendeu esta quarta-feira na reunião plenária do Comité das Regiões Europeu, em Bruxelas, a necessidade de existir uma descentralização das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a célebre ‘bazuca’. Já Ribau Esteves, autarca de Aveiro, quer que o Governo diga onde vai aplicar os recursos adicionais de 1,6 mil milhões de euros afectos ao PRR.
Falando na 153.ª reunião plenária do Comité das Regiões Europeu, que contou com a participação da secretária-geral adjunta das Nações Unidas e presidente do Grupo de Desenvolvimento Sustentável da ONU, Amina J. Mohammed, o autarca bracarense reafirmou o que tem sublinhado em diferentes fóruns internacionais: “houve um centralismo muito grande na alocação das verbas, pois elas foram prioritariamente canalizadas para organismos do Estado central, em detrimento das autarquias”.
Para Ricardo Rio, “um excelente exemplo é a área cultural, em que nós vemos os grandes equipamentos públicos a serem intervencionados e os equipamentos municipais a não ser”.
“Num ano decisivo, em que a União Europeia vai apresentar o seu primeiro reporte voluntário às Nações Unidas, a Europa deve liderar pelo exemplo, apoiando as autoridades locais com mais apoios financeiros e estabelecendo parcerias intercontinentais”, sustentou o autarca do PSD.
Já o número dois da Associação Nacional de Municípios (ANMP), Ribau Esteves, quer que o Governo diga onde é que vai aplicar os recursos adicionais de 1,6 mil milhões de euros afectos ao PRR, tendo em conta o disparar dos custos a reboque da inflação.
À margem da 153.ª reunião plenária do Comité das Regiões, no Parlamento Europeu, em Bruxelas, o social-democrata Ribau Esteves explicou aos jornalistas que “na reprogramação calhou a Portugal uma verba adicional de 1,6 milhões de euros.
“O PRR era 13,9 mil milhões e agora passou a ser de 15,5 mil milhões e, portanto, há um trabalho interno que é reafectar estas verbas”, afirmou
O também autarca de Aveiro quer, por isso, que o Governo esclareça onde é que vai aplicar estas verbas. “Há hoje uma questão de capital importância em Portugal: o Governo está a estudar e tem que tomar decisões sobre a afectação dos recursos adicionais que foram colocados ao dispor do país no âmbito do PRR”, frisou.
“A grande discussão política e que tem que vir para a praça pública é sobre o que é que o Governo vai fazer com o dinheiro a mais de fundo perdido que tem no PRR, frisou, a acrescentando que o que importa “é executar bem e afectar as tais verbas da reprogramação”.
Com ECO