A Associação Empresarial do Minho (AEMinho), com sede em Braga, manifestou-se, esta sexta-feira, “extremamente preocupada com o estado letárgico da implementação do Plano de Recuperação e Resiliência e dos fundos Portugal 2030”.
“Se não temos os fundos estruturais de desenvolvimento da nossa economia a chegar ao mercado, temos efectivamente um atraso generalizado em termos de estímulo à competitividade e à presença internacional das empresas”, diz o organismo, em comunicado assinado pelo seu presidente, Ricardo Costa.
Na opinião da AEMinho, a situação “é um factor de subdesenvolvimento, um entrave à competitividade das empresas portuguesas, criando entropias de gestão extremamente graves – na medida em que houve uma série delas que fizeram investimentos e alocaram recursos humanos, tecnológicos e financeiros com expectativas de aplicação de fundos PRR”.
E, prosseguindo, acentua: “Se a execução do PRR está aquém do esperado, isso significa que esses investimentos estão estagnados e representam prejuízos para as próprias empresas. Infelizmente, em Portugal, temos a velha escola da má aplicação de fundos que a União Europeia nos disponibiliza”.
A associação afirma, ainda, que, “até aqui, na visão da AEMinho, não houve uma forma estruturada de aproveitamento de fundos” e avisa que “não podemos continuar a injectar dinheiro na nossa economia sem estratégia”.
“Por isso, – acrescenta – é esperado que, a nível de Portugal 2030, seja dado um passo em frente. É fundamental encontrar um rumo de execução que se traduza efectivamente em projectos estruturados e que representem um real desenvolvimento económico e empresarial”.
E a concluir: “Posto isto, a AEMinho instiga o Governo à reflexão, uma vez que são nítidas as suas manifestas insuficiências na aplicação e gestão dos fundos mencionados. Acreditamos que é momento de o Governo recorrer a todos os parceiros possíveis e disponíveis, que teriam maior eficiência na gestão destes processos. A AEMinho, enquanto única associação representativa das empresas dos dois distritos do Minho, Braga e Viana do Castelo, dispõe-se desde já a trabalhar com o Governo”.
Luís Moreira (CP 7839 A)