O Sindicato dos Jornalistas (SJ) condena “veementemente” a agressão física e verbal de que foi alvo no domingo o fotojornalista Gonçalo Delgado, no estádio Municipal de Braga, quanto estava ao serviço do jornal O Jogo, no Sporting de Braga-Arouca, recordando que as agressões a jornalistas são crime público.
Num comunicado disponível no seu ‘site’, o SJ condena esta agressão que aconteceu no domingo, “após o encontro entre a equipa da casa e o Arouca, da jornada 21 do campeonato português”, e “aplaude e enaltece a apresentação de queixa junto da Polícia de Segurança Pública [PSP] pelo repórter fotográfico em questão, que se encontrava em serviço para o jornal O Jogo”.
O sindicato recorda que “as agressões a jornalistas são consideradas crime público, desde Março de 2018”, e “deixa, ainda, uma palavra de solidariedade ao Gonçalo Delgado e coloca-se à disposição para ajudar e apoiar no que considere necessário”.
O SJ insta às autoridades competentes, “uma vez mais, que ajam em relação a este caso concreto e, no geral, assumam atitudes mais vigilantes e preventivas e que devem ser ainda mais efectivas nos locais em que adeptos e elementos da comunicação social se cruzam”.
Já ao SC Braga, “o SJ recorda que tem responsabilidade de assegurar condições dignas e seguras de trabalho para os jornalistas em serviço nas suas instalações e imediações e apela a que entregue, às autoridades policiais, as imagens do circuito de videovigilância do estádio de forma a agilizar o processo de identificação do agressor”.
À Liga Portugal, o sindicato “reitera um pedido já feito: que se tenha em linha de conta a segurança dos profissionais da comunicação social quando se definem zonas de circulação de adeptos e jornalistas nos estádios das equipas que formam a Liga”.
Sobre este tema, o SJ recorda que “propôs à Liga Portugal integrar a comissão que todos os anos vistoria os estádios para poder melhorar as condições de trabalho dos jornalistas e fotojornalistas no terreno, bem como ajudar a garantir que a sua segurança seja efectivamente salvaguardada mas esse pedido continua sem resposta”.
Perante esta isto, o SJ vai avançar com um novo pedido de reunião à Liga de Clubes para abordar este e outros temas.
“O SJ exorta ainda a direcção do jornal O Jogo a defender o profissional em questão e a apresentar queixa, uma vez que a obstrução ao trabalho dos jornalistas é um crime tipificado no código penal português”, remata.