O presidente da Câmara de Braga defendeu, em Madrid, que as cidades se têm de “adaptar” e apostar no desenvolvimento económico” para gerar riqueza, fixar pessoas, investimento e criar e postos de trabalho qualificado.
Ricardo Rio falava na conferência internacional sobre a engenharia das Cidades do Futuro que durante dois dias esteve em debate no Instituto de Engenharia de Espanha, na capital espanhola.
A iniciativa juntou decisores políticos de relevo internacional, no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Engenheiro, patrocinadas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e pela Federação Mundial de Organizações de Engenharia (WFEO).
O presidente da Câmara bracarense sublinhou que o trabalho em rede “é fundamental para que as cidades do futuro possam corresponder às necessidades dos cidadãos” e apontou caminhos a seguir para atingir melhores níveis de qualidade de vida e responder aos desafios actuais da sociedade.
“Mais do que uma ambição, o conceito de cidades do futuro é algo que tem de ser desenvolvido por todos. Actualmente existem muitos desafios e transformações para realidade urbana que são comuns em todas as cidades de todo o mundo, independentemente da sua dimensão. Os desafios que, por exemplo, Madrid enfrenta, são os mesmos que enfrentamos em Braga e existem projectos que estão a ser desenvolvidos em determinados territórios que podem ser replicados por outras cidades”, afirmou
“A partilha de boas práticas é extremamente importante para todos”, referiu Ricardo Rio, no debate que contou também com a participação do autarca de Madrid, José Luis Martínez-Almeida, do embaixador do Panamá em Espanha, Allen Sellers Lara, do director técnico do projecto Madrid Nuevo Norte, e da vice-presidente da Sociedade de Engenharia dos Emirados Árabes Unidos, Nahla Ahmed Alqasimi.
Afirmando que “todos os decisores querem que as cidades do futuro sejam vocacionadas para a vivência dos seus cidadãos e que lhes forneça uma melhor qualidade de vida”, o autarca sublinhou: “temos de adaptar as cidades e apostar no desenvolvimento económico de forma a termos capacidade de gerar riqueza, fixar pessoas, atrair projectos e investimento e criar e postos de trabalho qualificado. Depois temos que apostar na dimensão social e desenvolver uma cultura de inclusão, onde todos se sintam parte integrante da comunidade. Por último, existe a dimensão da sustentabilidade ambiental onde as cidades devem preparar e adaptar as suas infra-estruturas para responder aos impactos das alterações climáticas”.
“Em suma, ao trabalhar estas três dimensões com uma visão holística, através de uma nova forma de governança que junte contributos das instituições públicas, privadas, dos meios académicos, do sector empresarial e económico, estamos a contribuir, de uma forma estratégica, para a concretização dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável nos territórios”, concluiu Ricardo Rio.