O presidente da Distrital centrista, Altino Bessa, classifica de “perseguição política” o pedido do BE de demissão do diretor da Segurança Social de Braga e acusa o PS de pôr os bloquistas e a CDU a exigiram a demissão, “depois de os três partidos se terem reunido para o efeito”.
Rui Barreira foi escolhido para o cargo pela CRESAP- Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública, o que leva o CDS a questionar os socialistas: ”se querem acabar com a CRESAP façam-no, agora não encontrem falsas desculpas para demitir pessoas por razões partidárias”.
A eventual demissão implica o pagamento de uma indemnização pelo Estado. Barreira não se pronuncia.
Embora Altino Bessa não queira abordar o assunto, o PressMinho sabe que o CDS/Braga teme que o Governo venha a demitir, também, os seus militantes no agrupamento de saúde (ACES) de Braga e na direção do norte do Ministério da Agricultura.
Conforme o PressMinho noticiou, o Bloco de Esquerda de Braga pediu a demissão de Rui Barreira, militante do CDS de Guimarães, do cargo de diretor da Segurança Social de Braga, dizendo que segue uma “orientação caritativa e mercantilista”.
“Braga foi um dos distritos onde os apoios sociais mais diminuíram, foram entregues serviços a privados, afastaram-se trabalhadores essenciais e aumentou a pobreza”, sustentam o Bloco, para quem Rui Barreira “não tem condições para se manter em funções e para liderar uma mudança que urge naquelas políticas”.
Barreira é contestado, com mais intensidade, pelo BE desde que colocou vários técnicos numa lista de dispensas, entre os quais a dirigente do partido em Braga, Paula Nogueira.
Antes desta exigência, a deputada da CDU por Braga, Carla Cruz, havia interpelado o Ministério do setor, em requerimento sobre o tema.
Já o presidente distrital do PS, Joaquim Barreto disse que respeita a posição do BE mas não se pronuncia sobre as críticas do CDS.
Luís Moreira (8078)