O vereador do Chega na Câmara de Vila Verde, Fernando Feitor, diz sentir “vergonha daquilo em que o partido se tornou”, denunciando a existência de “ameaças” e “cabeçadas” no dia das eleições para o congresso nacional, em Janeiro.
“Em Braga ameaçaram-me no dia das eleições para o V Congresso, e uns meliantes/apoiantes da lista A ainda andaram às cabeçadas aos militantes que me apoiaram. Tal é a nossa vergonha que até hoje ficamos em silêncio”, escreveu nas redes sociais.
“Os insultos e as agressões existiram, de facto”, referiu Fernando Feitor àquela publicação, acrescentando que não denunciou o caso publicamente por “sentir vergonha daquilo em que o Chega se tornou”.
“O André Ventura blindou o partido de tal maneira que as estruturas estão todas controladas. Neste momento, os presidentes das distritais são todos da sua confiança, e os outros foram sendo, gradualmente, afastados. As opiniões contrárias ao discurso oficial não são permitidas no Chega”, disse ainda.
FILIPE MELO REFUTA
Também em declarações à Visão, Filipe Melo refuta as críticas, dizendo que são “totalmente infundadas”. A alegada ligação às claques do Vitória SC é, segundo o deputado bracarense, “um perfeito absurdo”.
“É normal que militantes do Chega tenham filiação clubística ou façam parte de uma claque. Eu próprio sou sócio de um clube. O futebol faz parte da vida das pessoas. Agora, organizarem-se para intimidar, insultar ou agredir? É algo totalmente infundado, refuto todas as acusações”, garantiu à revista.
Sobre as agressões a que Fernando Feitor alude, no dia das eleições de deputados ao congresso, no dia 8 de Janeiro, Filipe Melo diz que é “a primeira vez que ouve falar no assunto”.
“Votei na sede da Junta de Freguesia da Sé a meio dessa tarde, regressei ao local, já ao início da noite, para conhecer o resultado das eleições, e o clima era absolutamente tranquilo. Não me foi relatada nenhuma situação de troca de insultos ou de agressões físicas. Aliás, o que vi foram pessoas das duas listas a cumprimentarem