As autoridades cabo-verdianas extraditaram este sábado para Portugal Fernanda Baltazar, a professora que matou o noivo com gelo seco, condenada a 17 anos de prisão, divulgou a Polícia Judiciária cabo-verdiana, através do gabinete da Interpol na Praia.
“A Polícia Judiciária [PJ], através do gabinete da Interpol Praia, informa que foi efectuada este sábado, 25 de Março, a extradição de um indivíduo do sexo feminino, de 42 anos de idade de nacionalidade portuguesa para o seu país de origem”, refere a PJ cabo-verdiana, em comunicado.
Acrescenta que a detida foi condenada a 17 anos de prisão pela prática de um crime de homicídio voluntário agravado contra o seu namorado, “tendo para isso utilizado gelo seco, em concurso com um crime de incêndio, encontrando-se foragida da justiça portuguesa”.
“Em Cabo Verde desde 28 de Fevereiro de 2021, a detida já cumpriu parte da pena de prisão, faltando por cumprir 14 anos, sete meses e 17 dias”, esclarece a PJ cabo-verdiana.
Refere igualmente que em 9 de Setembro de 2022 foi emitida uma ‘Notícia Vermelha’ da Interpol, sobre pessoas procuradas para extradição, por parte das autoridades portuguesas, e que a 22 de Setembro de 2022 “a mulher foi detida ao entrar na casa onde residia em Santaninha”, em Várzea da Companhia, na cidade da Praia.
Em 23 de Setembro de 2022, a detida foi apresentada ao Tribunal da Relação de Sotavento que lhe decretou a prisão preventiva, pelo que, “após esgotar todos os recursos, e por Acórdão do Supremo Tribunal da Justiça de Cabo Verde”, foi extraditada para Portugal.