A Comissão Politica da Distrital do PSD de Braga garantiu esta quarta-feira que, através dos deputados eleitos pelo círculo bracarense, vai questionar o Governo sobre a construção de via de ligação ao AvePark, em Guimarães. E quer ainda saber os motivos que originaram uma derrapagem financeira da obra na ordem dos 22 milhões de euros, que agora atinge 40 milhões.
Em comunicado, esta estrutura social-democrata “rejeita pactuar com ideias megalómanas” de Domingos Bragança, presidente da Câmara socialista, quando “os habitantes das freguesias atravessadas pela eventual Via de ligação ao AvePark se queixam que a estrada vai cortar os territórios a meio, e afastar as populações e destruir a coesão territorial”.
O presidente da concelhia, e também vereador, do PSD de Guimarães, Ricardo Araújo, por seu turno, apela para que “o presidente de Câmara desista deste projecto, que irá custar ao erário publico mais de 40 milhões de euros, quando inicialmente estavam previstos custos que apontavam para os 18,5 milhões de euros”.
“Era importante que Domingos Bragança explicasse à população de Guimarães, os motivos que levaram a uma elevada derrapagem financeira na ordem dos 22 milhões de euros. Onde vai ser gasto esta diferença?”, interroga Ricardo Araújo.
Este dirigente do PSD recorda que sempre defendeu a requalificação da Estrada Nacional 101, com uma derivação até ao AvePark, e um canal dedicado de transporte público que ligue Guimarães à Vila das Taipas, como forma de melhorar a mobilidade no concelho e uma saída da auto-estrada A7 na freguesia de Brito, com ligação às Taipas e ao AvePark.
“O projecto que Domingos Bragança defende seria desenvolvido em 60 por cento em território de Reserva Ecológica e de Reserva Agrícola. Não é por acaso que o presidente de Câmara ainda não respondeu ao desafio feito pelo PSD, para apresentar publicamente os estudos de impacto ambiental”, sublinha o vereador do PSD.
Ricardo Araújo salienta que o Movimento Cívico STOP Via AvePark “tem feito tudo ao seu alcance para que esta via que atravessa as freguesias de Ponte, Prazins Santo Tirso e Corvite, Santa Eufémia de Prazins e Barco, não seja concluída”, argumentando com “o facto de se tratar de uma região com uma população muito idosa e que com esta via as suas rotinas quotidianas seriam completamente adulteradas”.
Fernando Gualtieri (CP 7889)