Marcelo Rebelo de Sousa garantiu esta quinta-feira ao início da noite, em comunicação ao país, que “vai tirar já conclusões”, embora mantenha o Governo a bem da “estabilidade”, já que “os portugueses não desejam esses sobressaltos e esses compassos de espera”, apesar do que “se vai dizendo”.
“Os portugueses querem ver os problemas do dia-a-dia resolvidos”, atirou.
Marcelo diz que “vai estar mais atento”, mas não abdica de avançar para “o que ninguém deseja, a começar por mim”
Marcelo Rebelo de Sousa garante que “vai tirar já conclusões”, embora mantenha o Governo a bem da “estabilidade”, já que “os portugueses não desejam esses sobressaltos e esses compassos de espera”, apesar do que “se vai dizendo”.
“O Presidente da República sublinha que com ele “não contam” para fracturas, muito menos para “enfraquecer o papel presidencial”. Marcelo acrescenta que “não tem vontade de criar mais problemas aos que já existem”.
A segunda conclusão do Presidente tem a ver com “a responsabilidade” dos ministros, pelo que “estará mais atento e interveniente no dia-a-dia” para que não tenha de assumir “outros poderes de que não abdico”, numa referência à dissolução do Parlamento.
“São estas as lições para o Presidente, numa altura em que as responsabilidades governativas não foram assumidas, como deveriam ter sido”, apontou.
Marcelo apela “aos que governam” para que “cuidem mesmo da credibilidade”, poupando “aquilo que ninguém deseja, a começar por mim”. Já que “aí chegados, já será tarde”.
“Espero poder contar com a sensatez de todos. E, claro está, conto sempre a experiência, prudência e sabedoria do povo português”, concluiu.
O Presidente da República começa por dar, primeiro, “duas palavras”: sobre o passado, lembrou os números da economia “que ainda não chegaram à vida dos portugueses”, pelo que precisam “de mais e melhor”.
“Autoridade, para existir e ser respeitada, tem de ser responsável. Onde não há responsabilidade, não há autoridade e credibilidade. Um governante sabe que aceita ser responsável pelo que faz e não faz, assim como aqueles que escolhe”, disse
Sobre João Galamba, Marcelo Rebelo de Sousa questionou “como poderá um ministro não ser responsável por um assessor seu”, assim como “por situações rocambolescas, inadmissíveis e deploráveis suscitadas por esse colaborador”.
Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que a “responsabilidade política” é “essencial para os portugueses e não se resolve apenas com um pedido de desculpas”, tal como fez António Costa.
“É uma realidade objectiva e implica olhar para os custos do que aconteceu, seja na autoridade do ministro, do Governo e do Estado. Não se apaga dizendo que já passou: não passou”, garantiu.
Foram essas as razões para que o Presidente defendesse que “o ministro das Infra-Estruturas devia ter sido exonerado”, tal como já tinha dito. Marcelo diz que “no passado, foi sempre possível acertar agulhas, mas agora não”: “Foi pena”.
Com TSF