Em novo áudio divulgado ao fim da manhã deste sábado nos canais afectos ao Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin afirma que os habitantes de Rostov-on-Don estão a apoiar os mercenários.
“Nas ruas, as pessoas estão a desfraldar bandeiras do Wagner. Nas lojas, quando os rapazes vão lá, as pessoas pedem para pagar por eles, pois querem fazer algo de bom. Palavras de elogio são proferidas”, diz Prigozhin.
O chefe da força paramilitar explicou, do seu ponto de vista, o porquê do povo russo apoiar o Grupo Wagner.
“Passámos sem disparar uma única bala, não tocámos num único recruta. Não matámos uma única pessoa no nosso caminho. Fomos atacados pela aviação, mas chegámos a Rostov. Sem um único tiro, capturámos o edifício do quartel-general. Não interferimos com o trabalho de uma única pessoa”, refere.
MARCHA PELA JUSTIÇA
Recorde-se que o líder do grupo paramilitar Wagner convocou esta sexta-feira uma revolta contra o alto comando militar da Rússia, garantindo que tem 25.000 soldados e convocando os russos a juntarem-se a estes numa “marcha pela justiça”.
“Somos 25.000 e vamos determinar por que é que reina o caos no país (…) As nossas reservas estratégicas são todo o exército e todo o país”, frisou Yevgeny Prigozhin numa mensagem de áudio, instando “quem se quiser juntar” para “acabar com a confusão”.
No entanto, Prigozhin defendeu-se de qualquer “golpe militar”, alegando estar a liderar uma “marcha por justiça”.
Com CNN Portugal