O presidente da Câmara Municipal de Guimarães reafirmou, esta terça-feira, a necessidade de se encetar um processo de transformação do tecido industrial vimaranense, “em virtude da velocidade com que o mundo, hoje, está em mudança”.
Falando na conferência ‘Economia – Inovação & Fábrica do Futuro, que juntou na Sala Polivalente da Unidade de Governação Electrónica da Universidade das Nações Unidas, vários especialistas na área da Inteligência Artificial (IA) e empresários, Domingos Bragança frisou que
a transformação digital e a IA ainda que a velocidades distintas conforme a geografia e os recursos, “estão a mudar a forma como se trabalha mundialmente, com impacto em cada uma das nossas empresas”
Assim, acrescentou o autarca socialista, “é necessário liderar o processo de transformação digital que não é uma escolha ou opção, é mesmo fundamental para a sobrevivência e competitividade da nossa economia e de cada empresa em particular, independentemente da sua dimensão e sector”, disse.
Lembrou a composição da estrutura industrial vimaranense, sublinhando “o enorme desafio” que a região tem pela frente, mas mostrando-se “esperançado no futuro”.
FÁBRICA DO FUTURO
“A ideia da “Fábrica do Futuro” é a da fábrica que todas ou qualquer uma pode ser, haja vontade e liderança focada nesse objectivo ou ambição, integrando a transformação digital, altamente tecnológica, de conhecimento intensivo e ambientalmente sustentável, de processos de automação, sensores, robotização, de trabalhadores criativos e qualificados, organizando dados e gerindo-os através da Inteligência artificial, capaz de implementar processos inteligentes e eficientes a uma escala de processamento que a supercomputação nos permite”, disse.
Domingos Bragança referiu ainda a necessidade do aparecimento de empresas de base tecnológica no território, que contribuam para essa mudança.
“Estas empresas de base tecnológica podem ser geradas pelos alunos, investigadores, formados nos nossos Centros de Saber com parcerias com os nossos empresários. O que eu hoje aqui ouvi faz com que a minha convicção seja ainda maior”, concluiu.
A abertura do evento ‘Economia – Inovação & Fábrica do Futuro’ esteve a cargo de Rui Vieira de Castro, reitor da Universidade do Minho (UMinho), que colocou em cima da mesa o que, na sua perspectiva, são as ameaças e as oportunidades da Inteligência Artificial, a que se seguiu um painel, moderado por Pedro Arezes, presidente da Escola de Engenharia da UMinho, constituído por José Machado, do Algoritmi/LASI, Luís Carvalho, da Farfetch, Estela Bicho, da Universidade do Minho, e Miguel Moreira da Silva, da Wimmer.
No final, teve ligar um ‘pitch’ de empresas, com o título «Como utilizar IA para promover o meu negócio’, com a participação de Fortunato Frederico (Fly London), Hugo Lopes (Innovretail), Joel Alves (Sentinel), Beatriz Barateiro (Ubiwhere), Hugo Miranda (Adalberto) e Manuel Rodrigues (Algoritmi/LASI).
Fernando Gualtieri (CP 7889)