No final de um encontro com os seus homólogos da NATO, a ministra da Defesa portuguesa reforçou, esta quinta-feira, a posição de Portugal em relação ao conflito israelo-palestiniano.
“A luta é contra o Hamas, contra um movimento terrorista, e não contra o povo palestiniano”, afirmou Helena Carreiras, em declarações aos jornalistas, mostrando-se esperançosa de que esse seja também “o entendimento de Israel”.
A governante fez saber que transmitiu a posição de Portugal no encontro da NATO, já articulada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, e que é a “condenação veemente destes atentados terroristas”.
“A posição portuguesa é a de distinguir o que é um atentado do Hamas daquilo que é o povo palestiniano e a necessidade de evitar a escalada regional e de fazer regressar os reféns, trabalhar para voltar à mesa de negociações e falar de paz”, completou.
Questionada se acredita que Israel conseguirá fazer esse mesmo entendimento, Helena Carreiras não quis comprometer-se.
“Há um pedido para que isso aconteça. São os próximos tempos que vão mostrar o que vai acontecer e aí poderemos avaliar o que vai acontecer”, disse, reforçando que Portugal estará disponível para fazer o necessário para ” voltar a mesa das negociações”.
Os ministros da Defesa da NATO iniciaram, esta quarta-feira, uma reunião de dois dias em Bruxelas para discutir o apoio à Ucrânia face à invasão russa, mas parte do encontro acabou por focar-se na recente escalada entre o Hamas e Israel.