Em várias cidades do mundo, há manifestações a favor da causa palestiniana, da Austrália ao Japão, dos Estados Unidos ao Chile, há um apelo que corre o mundo: a libertação da Palestina.
Junto à Casa Branca, em Washington, pelas ruas de Melbourne e Sidney na Austrália, multidões com bandeiras palestinianas ergueram cartazes a exigir o fim do cerco a Gaza, em silêncio ou em oração pelas vitimas do conflito.
Também na Turquia, milhares saíram às ruas das duas maiores cidades do país que sempre abraçou a causa palestiniana e onde o protesto sobe de tom na condenação a Israel.
Em quase todas as cidades onde decorreram os protestos, a segurança foi reforçada para evitar a escalada da tensão durante as manifestações a favor da causa palestiniana e contra a retaliação de Israel ao ataque sem precedentes do Hamas.
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, denunciou esta segunda-feira aquilo que classificou como “actos inaceitáveis” durante as manifestações pró-Palestina que decorreram no sábado no Reino Unido, durante as quais várias pessoas foram detidas.
A polícia está “a examinar as imagens de algumas coisas que muitas pessoas terão visto e que são simplesmente inaceitáveis”, disse Rishi Sunak, durante uma visita a uma escola judaica no norte de Londres.
“Não há espaço para o anti-semitismo na nossa sociedade e faremos todo o possível para erradicá-lo, e, onde estiver presente, iremos combatê-lo com toda a força da lei”, afirmou.
Milhares de pessoas participaram, no último fim de semana, em manifestações pró-Palestina em Londres e noutras cidades do Reino Unido, uma semana após o ataque-surpresa do movimento islamita Hamas contra Israel, que respondeu com ataques massivos na Faixa de Gaza (enclave palestiniano controlado pelo Hamas desde 2007).
No sábado, a polícia de Londres, que destacou mais de 1.000 agentes para vigiar a manifestação organizada na capital britânica, anunciou ter detido 15 pessoas.
A polícia lançou um apelo a testemunhas que pudessem identificar duas mulheres presentes na manifestação de Londres que exibiram uma imagem de parapentes nas suas roupas, uma alusão a certos combatentes do Hamas que usaram parapentes motorizados para realizar o seu ataque-surpresa contra o território israelita em 7 de Outubro.
As autoridades registaram um aumento de actos anti-semitas na última semana e uma jovem foi detida na sexta-feira, suspeita de ter demonstrado o seu apoio ao Hamas, classificado como uma organização terrorista no Reino Unido.
“A lei é muito clara: apoiar ou glorificar o Hamas é ilegal e estes crimes podem resultar em penas que podem ir até 14 anos de prisão”, insistiu Sunak.
Rishi Sunak reiterou ainda o apoio do Reino Unido a Israel e afirmou ter discutido com o seu homólogo israelita, Benjamin Netanyahu, “a necessidade de minimizar as consequências para os civis” dos confrontos em curso, num momento em que Israel reúne tropas junto ao território da Faixa de Gaza, em preparação para uma provável ofensiva terrestre contra o Hamas.
Com SIC Notícias