Foi forçado a isso… É assim que uma fonte próxima da família justifica ao PressMinho o facto de o empresário João Paulo Fernando Fernandes, de 41 anos, raptado dia 11 em Braga tenha passado créditos da empresa que geria e que faliu, a Climalit, bem como bens imóveis a um outro homem, residente na Areosa, para os esconder dos credores.
“O João Paulo foi obrigado a pôr algumas coisas em nome de outras pessoas”, disse, garantindo que foi mal aconselhado e pressionado para o fazer.
Uma das cessões de créditos, de uma outra grande construtora de Braga que lhe comprou 50 por cento da Climalit – atingiu um montante 750 mil euros.
O JN de hoje escreve que, a este valor acresce, entre outros, um automóvel e outros bens imóveis, que nunca lhe foram devolvidos pelo receptor, embora – diz fonte próxima da família – ambos tenham combinado que continuariam a ser propriedade do sequestrado.
Esta é uma das novas pistas que está a ser analisada pela PJ do Porto, que recebeu informações nesse sentido de familiares e amigos da vítima.
Acrescentaram que o homem em causa teria ligações a grupos de «segurança» privada do Porto, de onde teriam saído os operacionais que efectuaram o rapto.
O crime foi perpretado dia 11, pelas 20h30, em Lamaçães. Os raptores seguiram-no num Mercedes até à garagem. João Paulo Fernandes estava acompanhado da filha de oito anos que ouviu a ameaça – “vamos-te matar” – e viu o pai levar uma coronhada na cabeça, que deixou um rasto de sangue. A criança subiu, depois, até à Farmácia Lamaçães, onde foi assistida por uma funcionária. O pai foi amarrado e enfiado no carro.
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Luís Moreira (CP 8078)