Quatro activistas do Climáximo partiram, este sábado, a montra da loja da Gucci na avenida da Liberdade, em Lisboa, confirmou o grupo, acrescentando que pelo menos duas pessoas foram levadas pela PSP para a esquadra.
Segundo a nota de imprensa enviada à Lusa, uma activista partiu o vidro e outras duas deixaram, na montra, a mensagem “Quebrar em caso de emergência climática” a tinta vermelha, denunciando a importância do fim das “emissões de luxo”.
O grupo destaca ainda que a marca pertence ao milionário francês François-Henri Pinault, CEO da empresa Kering, e que se encontra entre os mais ricos do mundo.
“A ONU aponta que os ultra-ricos têm de cortar mais de 97% das suas emissões, no relatório de lacuna de emissões, mas o consumo de luxo nunca esteve tão alto. É preciso acabar com o consumo e as emissões de luxo. Toda esta indústria do retalho de luxo só acentua a desigualdade na raiz da crise climática. Enquanto uns lucram com o consumo e são os mais ricos da Terra, outros são despejados e deportados”, sublinharam no comunicado os activistas do Climáximo.
Na rede social Facebook, o Climáximo equipara esta acção em Lisboa às realizadas pelo movimento sufragista, um movimento social e político ocorrido em vários países democráticos do mundo, entre o fim do século XIX e o início do século XX, que lutava pelo direito ao voto das mulheres.
À Renascença, fonte do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa explicou que os activistas partiram o vidro da montra da loja de luxo pelas 10h40, inscrevendo uma frase a tinta vermelha. Entre os quatro jovens envolvidos, apenas uma jovem foi identificada – a detenção depende de queixa dos proprietários da loja.