Entre 4 de Setembro de 2019 e 1 de Novembro passado, em 52 sessões de plogging da acção ‘Deixe a Apúlia Limpa’, Carlos Dobreira recolheu 13.497 beatas de cigarro e 3.500 litros de resíduos recicláveis, perigosos e lixo indiferenciado em 119h55 minutos.
O ambientalista e praticante plogging (combinação de corrida com a recolha de lixo) regressou à praia da Apúlia Norte, em Esposende, na passada quarta-feira, e recolheu em 02h16, mais 350 litros de resíduos.
Em nota às redacções, Dobreira destaca entre os resíduos recolhidos os isqueiros, pauzinhos de chupa-chupas, cordas, garrafas e copos de plástico, garrafas de vidro, caricas, redes de pesca, calçado, embalagens de cremes diversos, ferro, talheres de plástico, embalagens de gelado e de chupa-chupa, uma escova de dentes, tubos de plástico de diversos diâmetros, tampas de garrafas de plástico, esferovites, cápsula de café, pedaços de caixa empilhável para peixe, artigos diversos de borracha, microplásticos e sacos de plástico.
TRAGÉDIA ECOLÓGICA
O ambientalista alerta para “a quantidade inusitada de microplásticos observados no areal, os quais poluem as águas, prejudicam gravemente a fauna marinha e também são ingeridas pelos seres humanos”.
“Na Apúlia Norte vive-se uma tragédia ecológica e ambiental sem precedentes, abafada pela classe política e até pela imprensa escrita e a sociedade em geral”, diz Dobreira.
Refere ainda que os resíduos foram recolhidos em sacos e caixas de plástico “tendo-se procedido à separação dos mesmos e colocação em ecopontos e contentor”.
Em Maio deste ano, o ambientalista doou 12.197 beatas de cigarro ao Laboratório da Paisagem, em Guimarães, para transformação em estrutura construtiva.
Recorde-se que este ano a acção de plogging ‘Deixe a Apúlia Limpa’ integrou este ano os 15 projectos finalistas ao prémio ‘Junta-te ao Gervásio’ (categoria Cidadania Social), promovido pela Sociedade Ponto Verde.
Fernando Gualtieri (CP 7889)