O ex-presidente da Distrital do CDS de Braga critica as declarações de António Costa sobre a crise política e acusa o primeiro-ministro de “utilizar o cargo para pressionar a justiça”.
Nuno Melo defende esta terça-feira, em comunicado, que “o primeiro-ministro deve abster-se de fazer comentários sobre um processo em segredo de justiça e tem de esperar, como qualquer cidadão, pelas conclusões da investigação criminal”.
O presidente do CDS considera que a justiça “não pode ser visada por governantes no ativo, que têm os meios e as competências para determinar todas as reformas”, e acusa o PS de ter impedido “muitas alterações necessárias” que fariam “toda a diferença”.
“Significa que o PS é o primeiro e o maior responsável pelo estado da justiça em Portugal”, acrescenta o presidente dos centristas, criticando ainda o primeiro-ministro por tentar responsabilizar Marcelo Rebelo de Sousa pela realização de eleições antecipadas.
“O CDS-PP não aceita que primeiro-ministro procure responsabilizar o Presidente da República pela crise política aberta com a sua demissão. As causas para a queda do governo não estão em Belém, nem são judiciais. São políticas e da maior gravidade, tendo como principais responsáveis o PS e o primeiro-ministro, incapazes de responder aos problemas da sociedade portuguesa”, afirma Nuno Melo.
“A crise política criada pelo PS e pelo Governo tem de ser resolvida nas urnas e não na praça pública em entrevistas televisivas que revelam o exercício do cargo com motivações pessoais e partidárias”, conclui.