O Irão apreendeu esta quinta-feira um petroleiro no Golfo do Omã, impedindo o navio de seguir a rota entre o Iraque e a Turquia, onde era esperado para uma descarga.
A agência Tasnim News refere que o navio está agora a caminho de um porto iraniano, naquilo que é uma retaliação contra os Estados Unidos, que confiscaram este mesmo petroleiro há um ano.
A agência IRNA, que está ao serviço da Guarda Revolucionária do Irão, cita um comunicado da marinha iraniana que refere que esta apreensão seguiu uma ordem do tribunal.
“Este petroleiro, cujo nome é St. Nikolas e estava a transportar petróleo no mar do Omã, foi apreendido em retaliação pelo roubo de petróleo por parte do regime norte-americano, com uma ordem do tribunal, e está a ser transportado para os portos da República Islâmica [do Irão] para ser entregue às autoridades”, lê-se na nota.
Refere aquela mesma agência que o petroleiro roubou petróleo do Irão após ordens dos Estados Unidos, sendo que as autoridades iranianas acusam a tripulação de estar a navegar em direcção a portos a partir dos quais o crude ia ser transferido para os Estados Unidos.
As autoridades que vigiam as operações de comércio do Reino Unido já tinham avançado que um navio tinha sido abordado durante a esta quinta-feira de manhã por quatro homens armados, tendo provocado o desvio da rota para águas territoriais iranianas.
Um dos controladores que estava a cargo da rota do navio referiu que foram escutadas vozes desconhecidas em chamadas telefónicas, depois de as comunicações terem sido perdidas.
As pessoas que entraram de forma “não autorizada” no navio vestiam uniformes negros de cariz militar e estavam a utilizar máscaras, de acordo com a marinha britânica.
O St. Nikolas viaja com uma bandeira das Ilhas Marshall, e esteve envolvido numa disputa entre Estados Unidos e Irão no ano passado, depois de o governo norte-americano ter ordenado a sua apreensão após um tribunal ter provado que o navio era utilizado para “cobrir a venda e transporte de petróleo iraniano para um cliente estrangeiro”.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos referiu, na altura, que “várias entidades” estavam envolvidas neste esquema, que teria como objectivo a venda de petróleo à China, o que era feito de forma ilegal.
Com CNN Portugal