Os ataques dos Houtis a navios comerciais estão já a provocar atrasos, sobretudo na chegada de componentes informáticos e para a indústria têxtil, uma situação que está a ter efeitos e que podem agravar-se à escala mundial, incluindo Portugal.
“Estamos a verificar atrasos em alguns segmentos, sobretudo no retalho especializado, no que diz respeito a material informático, componentes, e eventualmente também no têxtil”, diz Gonçalo Lobo Xavier, director-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, dizendo acreditar que a situação não se prolongue por muito mais tempo.
Os ataques dos Houthis contra navios no Mar Vermelho começaram em Outubro, após o início da guerra entre Israel e o Hamas, declarando o seu apoio ao Hamas e atacando navios que se dirigissem para Israel.
Os ataques intensificaram-se em Novembro e Dezembro, tornando mais caro os custos das navegações.
Ao desviar as rotas do Canal do Suez para o Cabo da Boa Esperança, aumentam os custos de transporte e prolonga-se a duração das viagens entre 10 a 12 dias.
Em resposta a estes ataques, os EUA e o Reino Unido lançaram uma onda de ataques aéreos e marítimos contra dezenas de alvos Houthi a 11 de Janeiro.
Contudo, os ataques não pararam. Ainda esta quinta-feira os Estados Unidos realizaram um quinto ataque contra os rebeldes Houthis do Iémen.
Durante uma conferência de imprensa após os ataques, também na quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos admitiu, porém, que os ataques de Washington contra os Houthis não estão a conseguir colocar um travão aos bombardeamentos no Mar Vermelho.
Com SIC Notícias