O avanço da extrema-direita em toda a Europa foi um dos assuntos que esteve na agenda do encontro que Pedro Nuno Santos teve esta terça-feira, em Madrid com Pedro Sánchez.
Segundo a imprensa espanhola, o grande tema – que constitui uma ameaça clara para os socialistas ibéricos – foi precisamente a forma como devem os socialistas combater a extrema-direita.
“Há uma ameaça que preocupa os dois governos, a ameaça da extrema-direita, a ameaça do populismo que atravessa toda a Europa, também os nossos países, Portugal e Espanha”, disse Pedro Nuno Santos, que considerou essencial que Lisboa e Madrid continuem a ter “governos progressistas” e “a trabalhar em conjunto na frente europeia”.
Para os dois líderes, ficou claro que o crescimento da extrema-direita por toda a Europa é um problema que os socialistas devem encarar de forma organizada em termos dos 27 – sendo essa a única forma de encontrar uma alternativa aceitável ao populismo desenfreado que, no entender dos socialistas, está a dirigir o voto de protesto para o lugar improvável do anti-europeismo.
Além do combate à extrema-direita e a articulação de posições na União Europeia, os líderes do PS e do PSOE abordaram dossiês bilaterais, como a gestão dos rios comuns ou as ligações ferroviárias.
“É muito importante que a relação que tem sido construída ao longo dos anos entre o governo português e o governo espanhol seja uma relação aprofundada”, disse Pedro Nuno Santos, que realçou que há “muitos dossiês bilaterais” e que as duas economias estão integradas.
O encontro com Sánchez foi o primeiro a nível internacional de Pedro Nuno Santos desde que assumiu a liderança do PS, em Dezembro passado.
Depois de Madrid, na quarta-feira, o secretário-geral do PS terá em Bruxelas uma série de encontros com responsáveis do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia, assim como uma reunião com os eurodeputados do PS.
Com Jornal Económico