No ano passado, o Estado português arrecadou 96 milhões de euros em multas do Código da Estrada, o valor mais alto dos últimos 14 anos, graças às infracções detectadas nos 37 novos locais onde foram colocados radares de velocidade média, em funcionamento desde 1 de Setembro.
A contribuir para este recorde estão Segundo os números da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), citados pelo Jornal de Notícias, só nos últimos quatro meses do ano passado, foram detectadas mais de 262 mil transgressões dos limites de velocidades nas estradas, uma subida de 93%.
Ainda assim, o Governo, aquando da elaboração da proposta do Orçamento de Estado para 2023 (OE2023), apontava para uma maior receita, prevendo arrecadar 135,8 milhões de euros. Assim, no final do ano, com 96 milhões arrecadados no total, a execução neste aspecto ficou-se pelos 71%.
Até então, eram os anos de 2015 e 2019 a representarem receita mais elevada do Estado com multas de trânsito: 90 e 87 milhões de euros, respectivamente.
Segundo a ANSR, nos últimos quatro meses de 2023 foram fiscalizados na rede Sincro de 98 locais de controlo de velocidade, 79 milhões e veículos, um aumento de 97% face ao mesmo período de 2022. Já quando a infracções, foram 262 mil, uma subida de 92,6%.
Ainda, segundo o relatório de sinistralidade relativo a Outubro, 71% das transgressões ao Código da Estrada registadas estavam relacionadas com excesso de velocidade.