No próximo fim-de-semana, de novo, a comédia, através do teatro do absurdo ou teatro do insólito e da comédia musical, sobe ao palco do Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima.
No dia 8, sexta-feira, às 22 horas, ‘A Cantora Careca’, de Eugène Ionesco, que o próprio autor denominou de anti-peça e que é considerada uma das maiores referências no designado teatro do absurdo (Ionesco preferiu sempre chamar-lhe teatro insólito), assumida por um colectivo de actores que inclui os nomes de Alexandra Sargento, Andresa Soares e João Cabral.
Os criadores – aos já referidos juntam-se Fernando Rodrigues, Sofia Brito e Rogério Jacques – sublinharam o lado cómico do texto optando por interpretá-lo com a maior seriedade.
Quando os diálogos se começam a dessincronizar (como se as personagens fossem bonecos que subitamente se tivessem avariado), os actores mantêm o ar sério e compenetrado de burgueses bem- educados.
E quanto mais esta tensão entre o sério e o disparate se acentua, mais o espectador ri. Ao longo de pouco mais de uma hora somos convidados a perceber o ridículo de certas convenções mas também quão perto podemos estar, todos, da anarquia.
‘Irmãos Machado’
No sábado, 9 de Abril, também às 22 horas, cabe aos “Irmãos Machado” não permitir um único minuto sem gargalhadas.
‘Os Irmãos Machado’ (Hugo Osga, João Sousa e Ricardo Peres) são um espectáculo que mistura comédia, malabarismo ‘radical’ com pedras da calçada, martelos e machados. As moto-serras chegam para a semana.
‘Os Irmãos Machado’ & ‘A Orquestra De Um Homem Só’ assumem-se como entertainers e também fazem cobranças difíceis ao domicílio ou a países que precisem de cobrar avultadas somas de dinheiro a políticos e banqueiros corruptos.
Vão exibindo as suas requintadas formas de cobrança com muito humor e rock and roll ao vivo e à bruta.
Com muita interacção com o público, transformam-se num espectáculo de culto e continuidade por renovarem sempre o seu reportório musical e humorístico conforme as actualidades mundiais o forem permitindo.