Bruno Maia, cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda (BE) por Braga, defendeu a criação de uma prestação social universal para a autogestão da Vida Independente nas visitas que efectuou à Associação de Apoio aos Deficientes Visuais do Distrito de Braga e com o seu Centro de Apoio à Vida Independente, na Póvoa de Lanhoso.
“A promoção da vida independente e o direito a ter um assistente pessoal são medidas essenciais para a autonomia e independência das pessoas com deficiência”, sublinhou.
A criação e regulamentação da profissão de Assistente Pessoal, a revisão da prestação social para a inclusão para alterar as regras de acesso e condição de recursos e o aumento do complemento por dependência e do subsídio por assistência de terceira pessoa são outras medidas.
O BE pretende ainda, entre outras medidas, o alargamento da antecipação da idade pessoal de reforma, sem penalização, para pessoas com grau de incapacidade igual ou superior a 60%, a partir dos 55 anos e majoração dos dias de férias, em função do grau de incapacidade e o alargamento para 100% do financiamento em regime de crédito bonificado à habitação e criação de um contingente para pessoas com deficiência na oferta pública de habitação a custos controlados.
PROGRAMA EM BRAILLE
Por considerar “fundamental promover o direito à vida independente das pessoas com deficiência” e “garantir que todas as pessoas podem conhecer os programas eleitorais”, o candidato lembrou que o partido disponibiliza o seu programa em Braille e “leitura fácil”.
Na visita ao Centro de Apoio à Vida Independente da Póvoa de Lanhoso afirmou que “a promoção da vida independente é um caminho que não pode ter retrocessos e tem que ser alargado a todas as pessoas que dela necessitam”, assegurando que o Bloco continuará a lutar por esse direito na próxima legislatura.
O Centro acompanha 50 pessoas não só da Póvoa de Lanhoso, mas também de Braga, Amares, Terras de Bouro, Cabeceiras de Basto, Vila Verde, Famalicão, Vizela e Guimarães. Trabalha com 16 assistentes pessoais e providencia mais de 600 horas por semana de apoio.
“No entanto, poderiam prestar ainda mais cuidados, uma vez que têm mais de 70 pessoas em espera”, diz Bruno Maia.
Já na Associação de Apoio aos Deficientes Visuais do Distrito de Braga, Bruno Maia destacou que transporte de cerca de 50 utentes semanalmente efectuado pela associação, de “modo a promover a sua integração e combater a solidão, algo fundamental num território disperso e com acessos de transportes públicos muito deficitários”.
Fernando Gualtieri (CP 7889)