O cabeça-de-lista da Aliança Democrática (AD) por Braga, Hugo Soares, defendeu esta segunda-feira uma aposta sustentada na excelência do ensino superior, como estratégia fundamental para garantir “mais crescimento económico para o país e desenvolvimento económico, científico, tecnológico e ambiental”.
O “défice de financiamento público”, “as deficiências de mobilidade no distrito” e “a falta e preços elevados” no alojamento para estudantes são alguns dos “problemas para resolver com urgência” e que estão também nas prioridades da Aliança Democrática.
A situação do ensino superior e as propostas da AD, designadamente ao nível do reforço do apoio social para estudantes mais vulneráveis, estiveram no centro das atenções numa jornada dos candidatos a deputados, que estiveram nos ‘campi’ da Universidade do Minho, em Braga, do Instituto Politécnico do Cávado e Ave, em Barcelos.
“O ensino superior é um dos eixos fundamentais para o futuro do país. Desempenha um papel fundamental na coesão social e territorial. É fonte de conhecimento e formação dos cidadãos. É estratégico no desenvolvimento de um país que queremos ambicioso, a crescer mais que a média europeia, com capacidade competitiva e de criação de valor no contexto global”, assumiu Hugo Soares.
De acordo com os números mais recentes, citados pela coligação PSD/CDS/PPM, a despesa em I&D cifrou-se nos 1,73% do PIB, em 2022, “um valor muito inferior aos 2,23% da média da União Europeia”. Já o objectivo da Aliança Democrática é aproximar, até 2030, ao valor de 3% do PIB de investimento, público e privado, em ciência e inovação.
“Não é possível termos mais e melhor desenvolvimento tecnológico, se não houver mais investimento público em ciência e, concretamente, no ensino superior”, sustentou Hugo Soares, que esteve reunido com a presidente do IPCA, Maria José Fernandes, e com o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro.
LÓGICA CENTRALISTA DO PS
Vincando a importância de universidades, institutos politécnicos e centros de investigação, Hugo Soares frisou que “estas instituições geram conhecimento e inovação e são determinantes na captação e qualificação dos nossos talentos, de profissionais altamente qualificados”.
Contra “a tradicional lógica centralista do PS”, o líder da candidatura da AD defendeu que as universidades precisam de autonomia e recursos, o que só será possível invertendo “a trajectória de desinvestimento do governo PS, incluindo a degradação das infra-estruturas”.
“Queremos preservar e aprofundar uma sólida oferta de ensino superior no país, envolvendo instituições públicas, particulares e cooperativas, reforçando simultaneamente a coesão territorial”, reiterou Hugo Soares, que esteve também com estudantes universitários e a direcção da Associação Académica da UMinho.
Hugo Soares vincou o compromisso de “aumentar o investimento directo na criação e requalificação de alojamento” para os estudantes do Ensino Superior, através da construção de novas residências, bem como realocando e recuperando edifícios devolutos do Estado.