O empresário Diogo Freitas confirmou esta quarta-feira à Lusa que saiu da administração da Notícias Ilimitadas, que foi constituída para ficar com títulos da Global Media como JN e TSF, entre outros, devido a “diferenças estratégicas”. A notícia da sua saída da administração tinha sido avançada pelo +M.
“Abdiquei da administração porque há diferenças estratégicas” e “eu não gosto de ser um entrave”, explicou Diogo Freitas, empresário de Ponte de Lima que liderou um conjunto de investidores para a compra de alguns jornais e revistas da Global Media e a TSF.
O empresário, da Officetotal Food Brands, asseverou que “não há qualquer problema” com o negócio, mas apenas uma visão diferente que deve ser o melhor caminho para o grupo, sublinhando que se mantém como investidor.
O valor da operação não é conhecido.
O acordo para a compra de alguns títulos da Global media foi anunciado em 6 de Fevereiro e agora, de acordo com o responsável, falta as autoridades competentes pronunciarem-se sobre o negócio.
Dez dias depois, foi conhecido que a Páginas Civilizadas tinha chegado a acordo com o World Opportunity Fund (WOF) para encontrar uma solução para a Global Media, que passa pela saída do fundo, mas até ao momento ainda não houve um desfecho.
Diogo Freitas liderou um grupo de investidores e empresários de Portugal que tinha manifestado interesse em 12 de Janeiro em comprar o Jornal de Notícias (JN), O Jogo, JN História, Notícias Magazine, Evasões e Volta do Mundo, assim como a maioria do capital da Sociedade Notícias Direct, bem como a TSF.
O acordo prevê a compra do “JN, TSF e mais aquelas revistas pequenas”, conforme o comunicado divulgado no mês passado.
“Somos um grupo de investidores e empresários de várias geografias de Portugal, com especial predominância para o Norte do país, que temos observado com preocupação os recentes acontecimentos que colocam em causa a estabilidade do GMG, a reputação das suas marcas e o emprego dos seus profissionais”, lia-se na proposta de intenção de compra dirigida aos accionistas da Global Media a que a Lusa teve acesso em Janeiro.
De acordo com o comunicado da altura, a compra destes títulos tinha como pressupostos a criação de uma nova sociedade – para onde serão transferidas as marcas e os seus profissionais – e a cedência de parte do capital a uma cooperativa de jornalistas e demais trabalhadores.