A residência universitária que vai nascer na antiga fábrica de sabonetes Confiança, em Braga, estará concluída em Dezembro de 2025, revelou esta segunda-feira a vereadora das Obras Municipais.
Segundo Olga Pereira, a adjudicação da obra poderá ocorrer já na próxima reunião do executivo, após o que os trabalhos começarão de imediato, uma vez que qualquer reclamação dos concorrentes preteridos não terá efeitos suspensivos.
Se houver reclamações, adiantou a autarca, o município invocará o interesse público.
O prazo de execução será de 400 dias, estando a conclusão prevista para Dezembro de 2025.
A residência terá cerca de 700 camas, sendo o preço-base do concurso de 25,5 milhões de euros.
A obra vai decorrer ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
A futura residência será gerida pela Universidade do Minho.
A fábrica Confiança foi inaugurada em 1921, tendo produzido perfumes e sabonetes até 2005.
Em 2012, foi adquirida pela Câmara de Braga, então presidida pelo socialista Mesquita Machado, por 3,6 milhões de euros.
Chegou a ser aberto um concurso de ideias para o edifício, mas em 2013 a câmara mudou de mãos e em Setembro de 2018 a nova maioria PSD/CDS-PP votou pela venda, alegando que, por falta de fundos disponíveis para a reabilitação, o edifício se apresentava em “estado de degradação visível e progressiva”.
A câmara promoveu duas hastas públicas para tentar alienar o imóvel, pelo preço base de 3,6 milhões de euros, mas não apareceu nenhum interessado.
Por isso, a câmara optou pela transformação do edifício em residência universitária, aproveitando os fundos do PRR.
Para o presidente da autarquia, Ricardo Rio, este é “um projecto de referência para o futuro do concelho de Braga”, que vai “acorrer a muitos objectivos e muitas necessidades do concelho, em particular a disponibilização de mais camas a estudantes universitários”.
O autarca acrescentou que, paralelamente, a intervenção “vai garantir a salvaguarda da dimensão patrimonial do edifício e criar novas dinâmicas de interacção com a envolvente”, com a regeneração daquela zona.
“É uma grande mais-valia, porque se trata de um eixo central de ligação entre a universidade e o centro da cidade”, considerou.