O cabeça-de-lista da Iniciativa Liberal (IL) ao Parlamento Europeu acusou esta quarta-feira, em Famalicão, o antigo coordenador do BE Francisco Louçã de ser “especialista em política suja”, depois de o bloquista ter criticado a escolha do livro que “ofereceu” a Catarina Martins.
“Percebi que era um discurso contra a política suja. Escolheram a pessoa certa para o fazer porque, realmente, há especialistas em política suja em Portugal e Francisco Louçã é um deles e a inspiração do Bloco também”, acusou João Cotrim de Figueiredo no final da visita à feira de Famalicão.
Na origem desta polémica está o livro ‘Capitalismo e Liberdade’, do economista Milton Friedman, que Cotrim de Figueiredo sugeriu como leitura à cabeça de lista do BE às europeias, Catarina Martins.
Nessa sequência, na terça-feira à noite, num comício de campanha das eleições europeias, no Porto, Francisco Louçã respondeu: “Das duas uma: ou Cotrim conhece a lombada e não conhece o autor ou conhece o título e não o conteúdo ou conhece o autor de nome, mas não sabe a sua história e isso é poucochinho para quem diz tanto da sua literacia financeira ou outra”.
Já, esta quarta-feira, questionado pelos jornalistas sobre esta afirmação do antigo dirigente bloquista, Cotrim de Figueiredo disse que quando Louçã critica Milton Friedman pela ligação que teve às políticas de Pinochet ele é o primeiro a demarcar-se dessas políticas.
“Eu sou o primeiro a demarcar-me completamente disso”, frisou o candidato liberal.
Dizendo que o livro era sobre economia e não sobre política, Cotrim de Figueiredo salientou que “quem escolhe seguir Trotsky não tem uma enorme autoridade para estar a criticar, seja quem for, por falta de respeito por direitos humanos”.
Com Jornal Económico