O presidente da Associação Industrial do Minho (AEMinho), Ramiro Brito, considera “muito positivo e encorajador” o balanço da missão empresarial realizada ao Kosovo, na passada semana, onde participou também no primeiro fórum económico entre aquele país dos Balcãs e Portugal. Ramiro Brito diz mesmo que a deslocação foi “surpreendentemente produtiva”.
A associação empresarial minhota fez-se representar ao mais alto nível, contando com as presenças, além de Ramiro Brito, dos vice-presidentes da comissão executiva Graciete Lima e Gonçalo Pimenta de Castro e pelo presidente do Conselho Geral, Ricardo Costa. O presidente do município do Porto, Rui Moreira, e empresários portugueses integraram também a comitiva
Em comunicado, Ramiro Brito destaca a assinatura de um protocolo de cooperação entre a AEMinho e a Câmara de Comércio do Kosovo, com “o objectivo de estreitar relações entre as instituições, aproximando assim as regiões e os países”.
A comitiva minhota efectuou diversas visitas e contactos na região, com empresários, universidades e com diversos elementos do Governo do Kosovo, como os ministros da Economia, da Agricultura, dos Negócios Estrangeiros, diversos elementos do Parlamento kosovar, nomeadamente a sua presidente e a sua vice-presidente.
“Foi uma missão surpreendentemente produtiva. Se tivesse de caracterizar o que vimos no Kosovo, diria que aquele país pode ser um parceiro importantíssimo para as empresas minhotas e portuguesas”, afirma.
Para o ‘patrão dos patrões’ minhotos, o Kosovo é, por um lado, “um país com uma posição estratégica nos Balcãs e que pode ser visto como porta de entrada em alguns mercados daquela região; por outro – e este ponto parece-me com mais relevância ainda- , é um país que apostou muito no conhecimento, na formação, na criação de quadros qualificados que podem dar resposta às lacunas que vamos sentindo de forma mais intensa neste lado da Europa”.
“O Kosovo pode ser um centro de produção de inovação, para ser exportada para países mais orientados para a produção. Vi um país jovem, dinâmico, focado nos seus propósitos e capaz de entender o valor que pode acrescentar às empresas portuguesas. Devemos ter esta orientação de entender o impacto positivo que pode ter na nossa capacidade produtiva”, comenta Ramiro Brito.
A AEMinho pretende, assim, “intensificar e estreitar” as relações económicas com o Kosovo, de forma a poder contribuir para a facilitação do acesso dos associados que vejam naquele mercado interesse e potencial.
Fernando Gualtieri (CP7889)