O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, sublinhou esta sexta-feira, em Braga, o papel fundamental da Cultura para a promoção da paz, segurança, bem-estar, desenvolvimento e qualidade de vida.
Falando no encerramento da 16.ª conferência anual das cidades criativas da Unesco, Rangel disse ainda que “conhecer o outro é essencial para prevenir ou sanar conflitos”.
“A cultura, em todas as suas dimensões, é muito, muito importante”, destacou.
A 16.ª conferência das cidades criativas da Unesco, que decorreu em Braga, ficou marcada pela aprovação do Manifesto de Braga, que pede a promoção da Cultura a Objectivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
O objectivo é “fazer lóbi” junto das Nações Unidas para que, na agenda pós-2030, a Cultura passe a ser um ODS autónomo, ganhando assim mais força política.
Para Paulo Rangel, a capacidade de inovar, tanto cultural como socialmente, será a chave para o sucesso das cidades.
“As cidades são unidades políticas que, em muitos casos, competem já também com os Estados e, portanto, é preciso pensar a política de cidades e nomeadamente esta que é a política da inovação científica e cultural”, frisou.
ENCONTRO MARCANTE
O membro do Governo observou que Braga deu provas de ser um local ideal para levar a Cultura a ODS, considerando a conferência de Braga como “um encontro marcante” para a concretização desse marco.
Rangel refere que a própria Unesco considerou que esta foi a conferência “mais produtiva” das 16 já realizadas.
A rede das cidades criativas da Unesco reúne cerca de 350 cidades de mais de 100 países.
A 16.ª conferência anual colocou a juventude no centro da discussão, para inspirar os participantes a desenvolverem e a partilharem estratégias e políticas urbanas abrangentes que defendam uma maior representação e envolvimento de jovens artistas e profissionais na cultura.
Portugal tem nove cidades criativas reconhecidas pela Unesco: Amarante, Idanha-a-Nova e Leiria, na área da música; Barcelos e Caldas da Rainha, no artesanato e artes populares; Braga, nas artes digitais; Covilhã, no design; a vila de Óbidos, como cidade criativa da literatura; e Santa Maria da Feira, da gastronomia.