O ministro da Defesa, Nuno Melo, reiterou este sábado em Portimão, no Algarve, que o aumento dos investimentos nas Forças Armadas irá começar por uma subida do “quadro remuneratório” dos militares, condicionado pela situação orçamental do país.
“As primeiras medidas que tomaremos terão que ver com esse quadro remuneratório” dos militares, disse Nuno Melo à margem da cerimónia militar de celebração do 72.º aniversário da Força Aérea.
O responsável governamental acrescentou que esse aumento dos salários dos militares, para “dignificar as forças armadas”, será feito “sempre com respeito pelas circunstâncias orçamentais”.
“O que significa que este salto não poderá ser dado de um dia para o outro, será feito faseadamente”, disse Nuno Melo.
Nesse sentido, o ministro da Defesa referiu que tem mantido “muitas reuniões” sobre a matéria com os chefes dos vários ramos, nomeadamente com o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General João Cartaxo Alves.
O ministro da Defesa referiu que o projecto de Orçamento do Estado que será conhecido, normalmente em Outubro próximo, deverá já tomar em consideração o esforço pretendido no investimento militar.
“Quando se quer actualizar aquilo que não foi feito em anos, nada poderá ser pago sem o respectivo cabimento orçamental e, portanto, […] tem que ser confirmada pelo ministro das Finanças e também pelo senhor primeiro-ministro”, disse.
Nuno Melo também recordou que Portugal tem de se aproximar dos compromissos assumidos no quadro da Nato, o que implica um investimento de 2% do PIB na área da defesa. Uma meta a alcançar até 2029.
Com MadreMedia