O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) acaba de questionar o Governo sobre a situação da Escola Secundária de Amares. O agravamento das condições físicas do espaço escolar e, sobretudo, os constantes adiamentos quanto à sua reabilitação levam o partido a lançar o alerta no parlamento.
No documento enviado ao Ministério da Educação, Ciência e Inovação, os deputados do Bloco querem saber “as razões para a candidatura ao PRR de reabilitação da Escola Secundária de Amares não ter sido aprovada e quando vai o Ministério da Educação realizar as obras necessárias para a reposição de condições regulares de utilização da escola”.
“O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda tem conhecimento que a situação é preocupante. Chove nas salas de aula, não existem condições mínimas de conforto, problemas graves de aquecimento do edifício, paredes rachadas, buracos nos tectos e no chão de algumas salas de aula”, refere o Bloco, na nota envida à nossa redacção.
Este é, de resto, um dossier que tem feito correr muita tinta nos últimos tempos, com “troca de galhardetes” entre as diversas forças políticas locais. Tal como o jornal O Amarense noticiou, no passado mês de Junho, a candidatura para a reabilitação da escola, através do plano de recuperação e resiliência (PRR), não foi aprovado.
A Escola Secundária de Amares, localizada em Besteiros, concelho de Amares, entrou em funcionamento em 1984, através da Portaria nº 119/85, de 23 de Fevereiro, sendo a única em todo o concelho de Amares, encontra-se integrada no Agrupamento de Escolas de Amares que, de acordo com o enunciado no seu Projecto Educativo, assume que “tem como missão desenvolver um ensino de qualidade que induza a formação integral de cidadãos responsáveis e participativos, preparados para a aprendizagem ao longo da vida, capacitando-os para uma integração harmoniosa e responsável numa sociedade complexa e globalizada, em constante mudança”.
O mesmo projecto educativo refere que as maiores debilidades são a degradação das instalações da Escola Secundária de Amares, dada a ausência de um processo de requalificação estrutural e ausência de adaptações arquitectónicas que criam dificuldades a pessoas com mobilidade reduzida.
“Uma das dimensões do serviço público para uma formação integral de cidadãos é, seguramente, as condições físicas da escola que não podem deixar de estar associadas ao desempenho de alunos/as, professores/as e funcionários/as, bem como às próprias condições pedagógicas”, lembra o Bloco de Esquerda.
Os protestos da comunidade escolares são constantes e reivindicam melhores condições para a escola, sendo evidente o mau estar que o prolongamento das condições degradadas das instalações está a provocar.