A Associação Empresarial de Braga foi o palco escolhido por Rui Rocha manifestar, esta sexta-feira, preocupação com o que considera serem “cedências” do Governo ao PS e afirmou que o Orçamento do Estado para 2025 terá a oposição do seu partido se aproximar o país das políticas socialistas.
Acompanhado pela responsável dos liberais bracarenses, Olga Baptista, o líder da Iniciativa Liberal (IL), falando aos jornalistas após um encontro com a direcção da Associação Empresarial de Braga, Rui Rocha afirmou que em causa estão cedências em “matérias essenciais”, como no IRS jovem ou no IRC, que considera determinantes para o crescimento do país.
“Temos a preocupação da estabilidade, mas temos também a preocupação que começa a desenhar-se de cedências do Governo da AD em matérias que consideramos essenciais e que pode condicionar o crescimento que se quer para o país”, sublinhou o político de Braga.
O da IL lembrou ao Governo que foi eleito “para mudar o país” e não para executar as mesmas políticas dos executivos socialistas.
“Para que é que se mudou de Governo se é para implementar as mesmas políticas? Portanto, nós na Iniciativa Liberal estaremos cá para recordar a este Governo que foi eleito para mudar o país. Contará com a nossa crítica construtiva se o caminho for esse, contará com a nossa oposição se o caminho for o de aproximar o país ou de o manter mais próximo daquilo que eram as políticas do PS”, avisou.
A IL defende, designadamente, a descida substancial do IRS para todos e não apenas para os jovens, e a redução do IRC, considerando que atrasar a diminuição dos encargos para as empresas é atrasar o país.
Para Rui Rocha, cabe ao Governo definir “aquilo que é aceitável e aquilo que não pode acontecer”, não permitindo o desvirtuamento do sentido da governação, para que os portugueses não acordem um dia e constatem que “o país da governação da AD é muito parecido com o país da governação socialista”.
O líder da IL referiu que o Governo pode usar a “racionalização” do sector empresarial do Estado para compensar a perda de receitas com aqueles impostos.
“Nós entendemos que há muito onde se pode poupar por aí e, portanto, entendemos que essa poupança e essa racionalização do sector empresarial do Estado deve ser feita e deve ser canalizada para aliviar os encargos fiscais dos portugueses”, rematou.