Alertar a sociedade, reduzir os comportamentos de bullying em idade escolar e desenvolver nas crianças e jovens atitudes pró-activas em relação a situações de violência foram os principais propósitos das primeiras jornadas da Associação Anti-Bullying com Crianças e Jovens, que decorreram esta quarta-feirano gnration, em Braga.
A iniciativa, direccionada aos alunos do 2.º e 3.º das escolas do concelho, serviu para abordar questões relacionadas com o bullying, na perspectiva de serem desenvolvidas medidas e acções que posteriormente possam ser aplicadas pelas crianças e jovens em contexto escolar.
Este é um tema que merece especial atenção por parte do município como explicou Ricardo Rio, presidente da autarquia. “Desde a primeira hora que a autarquia demonstrou toda a receptividade para apoiar esta associação, uma vez que se trata de um tema extremamente importante e que deve ser encarado de frente pela sociedade”.
Apesar de este ser um tema transversal a toda a sociedade, é sobretudo nas escolas que se deve centrar a acção do combate ao bullying. “Não se pode fazer de conta que o bullying não existe. É necessário haver respostas capazes e concretas para que, quando se registarem ocorrências, sejamos capazes de apoiar as vítimas de bullying”, referiu o autarca, destacando o “meritório trabalho” desenvolvido pela Associação Anti-Bullying, em cooperação com as forças de segurança, com a comunidade escolar e com as famílias.
O programa destas jornadas permitiu aos alunos participar em grupos de trabalho para desenvolver competências e aprender a detectar quando um colega está a ser vítima ou até mesmo agressor. Outra da vertente desta iniciativa foi abordar o contexto familiar para que os próprios pais possam estar preparadas para intervir de forma pró-activa para uma eventual situação de bullying em que o seu educando possa estar envolvido.
Estas jornadas decorreram no âmbito das comemorações da Semana da Juventude que o município está a assinalar e que termina no próximo sábado. Sameiro Araújo, vereadora do Desporto e Juventude, destacou a “vitalidade” da Associação Anti-Bullying e a “pertinência” destas jornadas.
“Esta associação tem trabalhado muito e bem e todas as instituições devem estar atentas para criar respostas eficazes para um tema desta natureza”, referiu Sameiro Araújo, sustentado que depois destas jornadas os alunos “chegarão às escolas e às suas famílias mais sensibilizados e munidos de outras competências para saber como reagir em caso de bullying”.
A Associação Anti-Bullying com Crianças e Jovens nasceu do projecto de doutoramento de Paulo Costa, um investigador da Universidade do Minho. Segundo o responsável “a sensibilização e a denúncia, quer por parte das vítimas, quer por parte dos colegas que assistam a episódios de bullying é o principal passo para combater este flagelo”.
Ao longo destas jornadas os alunos contribuíram com ideias e sugestões para implementarem um plano de acção nas suas escolas em que estão inseridos.