Os incêndios dos últimos dias consumiram cerca de 3.000 hectares de floresta na Póvoa de Lanhoso, tendo as chamas também atingido três habitações, disse esta sexta-feira o presidente da Câmara.
Em declarações à Lusa, Frederico Castro acrescentou que houve também danos num automóvel, numa indústria de transformação de madeiras, em vinhas, pomares e infra-estruturas rodoviárias e de iluminação pública.
“Este é um balanço preliminar. Num prazo de 15 dias será feito o levantamento exaustivo de todos os prejuízos, cujo valor, neste momento, ainda não é possível quantificar”, referiu.
Em relação às casas atingidas, Frederico Castro disse que uma delas, em Garfe, é de primeira habitação, nela morando mãe e filha.
As chamas destruíram um anexo e a cozinha, mas foi possível proceder a “algumas adaptações” para que as duas mulheres pudessem continuar a ali morar.
Nos próximos dias estará no local uma equipa de voluntários para remoção dos detritos.
As outras duas ficam em S. João de Rei e Verim, são de segunda habitação e sofreram “danos significativos”.
“A Câmara está a acompanhar de perto todas as situações, em articulação com as juntas de freguesia e a Segurança Social”, adiantou.
Segundo o autarca, as chamas atingiram cerca de metade das freguesias do concelho.
Sete pessoas morreram e 161 ficaram feridas devido aos incêndios que atingiram desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país e destruíram dezenas de casas.
A ANEPC contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 124 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 116 mil hectares, 93% da área ardida em todo o território nacional.
O Governo declarou a situação de calamidade em todos os municípios afectados pelos incêndios dos últimos dias e esta sexta-feira dia de luto nacional.